We will rock you: Descubra 8 destinos icônicos para celebrar o Dia do Rock
Em 13 de julho de 1985 acontecia o Live Aid. Criado para arrecadar fundos para combater a fome na Etiópia, o evento é reconhecido com um dos maiores festivais de Rock and Roll do mundo. Estima-se que 1,5 bilhão de espectadores, em mais de 100 países, tenham assistido a apresentação ao vivo que aconteceu simultaneamente em Londres (Inglaterra), Filadélfia (EUA), Sydney (Austrália), Moscou (Rússia) e Japão. A data ficou conhecida como Dia Mundial do Rock, pelo menos no Brasil. Para inspirar os roqueiros, o ME elegeu uma lista com lugares e pontos icônicos que marcaram a história do rock no Brasil e no mundo.
Londres (Inglaterra) – Uma das cidades mais icônicas do Rock and Roll, Londres é o berço de diversas bandas que mudaram o mundo com seus shows. Rolling Stones, David Bowie, Queen, The Who, Sex Pistols, The Police, Led Zeppelin e Pink Floyd são apenas alguns dos grupos que surgiram na capital inglesa. Isso sem comentar os Beatles, que embora não sejam londrinos, e sim de Liverpool, também tem seu espacinho na cidade, como é o caso da Abbey Road, provavelmente a rua mais famosa da capital, onde a banda tirou a memorável foto atravessando a rua. Também é em Londres que fica o Wembley Stadium, local que sediou o Live Aid em 1985.
Nova York (EUA) – Todo roqueiro que se preze tem uma boa história em Nova York, afinal todo mundo que é “alguém” já pisou na Big Apple. É possível fazer um roteiro apenas com lugares marcados pelo rock, com destaque para o Greenwich Village e o Queens, principais bairros boêmios responsáveis pelo surgimento do Punk e do Rock, a exemplo do sucesso internacional: Ramones. Muitos rockstars passaram pelos quartos do Hotel Chelsea: Bob Dylan, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Sid Vicious, Patti Smith, Leonard Cohen, Iggy Pop e muitos outros grandes nomes do rock se reuniram no hotel, que hoje é um famoso ponto turístico. No Central Park, a poucos metros de onde morreu John Lennon, foi criado o memorial Strawberry Fields, que abriga um mosaico com a palavra “Imagine”. Hoje, a John Varvatos Store pode ser citada como um dos principais atrativos do Rock em NY. Isso porque o local abrigava o famigerado CBGB OMFUG (Country, Bluegrass, and Blues and Other Music For Uplifting Gormandizers), onde incontáveis grupos fizeram as paredes do clube tremer com shows memoráveis.
Califórnia (EUA) – “California über alles, California über alles” (Califórnia acima de todos, Califórnia acima de todos), já dizia a banda Dead Kennedys. Embora o rock não tenha surgido na Califórnia, é o estado americano que dá o título de superstar aos roqueiros. Casa dos Guns n’ Roses, Red Hot Chilli Peppers, Motley Crue e Jane’s Addiction, a Califórnia é conhecida como Terra das Oportunidades ou Golden State (estado dourado). Para conseguir um autógrafo, não deixe de visitar a Book Soup. Muitos artistas já foram vistos autografando discos na loja, a exemplo de Mark Wahlberg, Madonna e David Bowie. Outro ponto muito procurado é a Venice Beach, onde Jim Morrison e Ray Manzarek se juntaram e posteriormente deram início aos The Doors. Não dá para falar da Califórnia sem citar a Calçada da Fama (Walk of Fame), em Hollywood. São 2,1km com mais de duas mil estrelas.
Rio de Janeiro (Brasil) – Na onda dos Beatles, o Brasil também teve sua parcela de participação no rock internacional e nacional. E o ponto de encontro parecia ser o Circo Voador, no Rio de Janeiro. Muitos deram seus primeiros passos no Circo Voador, começando com shows para 50 pessoas e depois, no mesmo palco sob a Lona na Lapa, para um público com mais de 3 mil. Chico Buarque, Forfun, Scracho, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Luiz Melodia, Elza Soares, Paralamas do Sucesso, Titãs, João Bosco, Planet Hemp, Lenine, Os Mutantes, Arnaldo Antunes, Nação Zumbi, Angra, Ramones e Tim Maia são só alguns dos inúmeros nomes que se apresentaram no Circo. Ao lado do Circo, a Fundição Progresso também se destaca quando o assunto é rock brasileiro. A cidade também recebeu, em 1985, a primeira edição do Rock in Rio, realizada na Cidade do Rock. Mais tarde, o evento veio a se tornar um dos principais festivais de música do mundo, com shows em Portugal e Espanha.
Dublin (Irlanda) – Pensar em rock na Irlanda e não associar a U2 é praticamente impossível. Com 13 álbuns, o grupo está na lista dos artistas com maior venda de álbuns do mundo, tendo vendido mais de 170 milhões de discos mundialmente. A banda também conta com 22 Prêmios Grammy, mais do que qualquer outro grupo. A trajetória da banda passa principalmente por Dublin, capital da Irlanda, onde é possível visitar a Mount Temple Comprehensive School, a escola onde os integrantes se conheceram. A Bonavox, loja de aparelhos de surdez que deu origem ao nome artístico do Bono, que até então era conhecido apenas como Paul Hewson. O bar Whelans também não fica para trás. Artic Monkeys, Damien Rice, Block Party e Jeff Buckley são apenas alguns nomes que já passaram pelos palcos do Whelans, portanto, já dá para entender o valor sentimental que esse bar possui aqui em Dublin, não?
Seattle (EUA) – Terra natal do gênio da guitarra Jimi Hendrix , Seattle, localizada em Washington, também foi a cidade precursora do grunge. A cidade ainda viu nascer bandas que explodiriam em vendas de álbuns e nas paradas das rádios, como Mother Love Bone, Nirvana, Soundgarden, Alice in Chains e Pearl Jam. Na lista de paradas obrigatórias está o Experience Music Project. Concebido para homenagear Jimi Hendrix, o museu concentra diversos projetos ligados ao rock n roll, como uma memorabilia sobre a história do guitarrista e das bandas grunges. Foi no Seattle Center International Fountain que os fãs de Nirvana se reuniram no dia 10 de abril de 1994 para ouvir a carta de suicídio de Kurt Cobain, lida por Courtney Love. O local também recebeu os fãs de Layne Staley, do Alice in Chains, quando este morreu. O bar e café The Crocodile é outro point que recebeu diversos ícones como R.E.M. e Mudhoney. Por fim, a Sound Garden Sculpture – que inspirou o nome da banda Soundgarden – é um local interessante por produzir sons quando o vento passa por sua estrutura.
Brasília (Brasil) – A capital brasileira foi um importante momento dentro do cenário musical do país. Durante a década de 1980, conhecida como a “era de ouro” do rock nacional, a cidade foi lar de grupos como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e Raimundos. O Botecão Beirute, que hoje mantém duas unidades, uma na Asa Sul e outra na Asa Norte de Brasília, era um dos bares nos quais esses grupos se reuniam na época para escutar um pouco do que tocava no exterior e criar suas próprias versões. O Teatro Galpazinho também aparece na história, por ter sido conhecido como o local que Renato Russo se iniciou no teatro. Hoje, o teatro foi transformado no Espaço Cultural Renato Russo. Além disso, diversas músicas de Renato Russo citam pontos de Brasília, como o Parque da Cidade, em Eduardo e Mônica e a Rodoviária do Plano Piloto, de Faroeste Caboclo. Uma curiosidade, a festa Rockonha, citada no trecho “Jeremias, maconheiro sem-vergonha/Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar” aconteceu de verdade. O cantor, junto a Flávio e Fê Lemos, criadores do Capital Inicial, fez um festa regada a rock e maconha em um sítio próximo a região de Sobradinho.
São Paulo (Brasil) – Com a explosão do rock pelo Brasil, em 1980, a década ficou conhecida como BRock. Em São Paulo, o Festival Punk de 81 revelou nomes até então desconhecidos, como Inocentes, Cólera e Ratos de Porão. Além dessa cena, surgiram as principais bandas paulistas, como Ultraje a Rigor (no qual Edgard Scandurra tocou antes do Ira!), Ira!, Titãs, RPM, Zero, Metrô e Kid Vinil (então vocalista da banda Magazine). Apontado no Guinness Book of Records como o lugar de maior concentração de estabelecimentos dedicados ao rock, o Centro Comercial Grandes Galerias, ou apenas Galeria do Rock recebe, em média 5 mil pessoas por dia. Inaugurada em 1983, o Madame Satã já recebeu shows de diversos artistas como RPM, Titãs, Ira! e Jardim Elétrico. A casa tornou-se referência no Brasil, assim como os clubes CBGB (New York, EUA) e Batcave (Londres, Inglaterra), no exterior. Aberto há 33 anos, o Café Piu Piu é outro polo do rock and roll que atrai milhares de entusiastas durante o final de semana.