10 cidades praianas com as diárias mais baratas do Brasil

Com o final de ano se aproximando, todo mundo já começa a ficar esperto para ir à praia a cada feriado antes das festas de Natal e Ano Novo e emendar uma temporada de verão com sol, mar, sombra e água (de coco) fresca em janeiro.

Acontece que as vezes sobra mês no final do dinheiro, a grana fica meio curta e a gente não pode passar férias em Angra dos Reis ou Fernando de Noronha. Não é mesmo?

O pessoal do site Trivago elaborou uma lista que pode te ajudar –e muito– na escolha do seu próximo destino de praia em qualquer época do ano.

Com base nos dados do Índice de Preços de Hotéis trivago (tHPI), selecionamos as dez cidades praianas no Brasil com o menor preço médio no último ano.

Paracuru, no Ceará, é o destino mais em conta, com uma média de R$ 168. Ao todo, 8 Estados brasileiros estão no top 10, com destaque para Ceará e Santa Catarina, com duas cidades cada.

10 – Paranaguá (PR)

Preço médio: R$ 259

Barco na praia de Paranaguá, litoral do Paraná (Foto: Otávio Nogueira/Flickr/CC BY 2.0)

 

Apesar de ser uma cidade portuária, Paranaguá esconde alguns traços de Brasil colonial, com casarões antigos e ruas ladrilhadas que rementem ao século 17, que se misturam com a bela paisagem litorânea do Paraná.

Há duas coisas que não se deve deixar de fazer em na cidade mais antiga do Estado: visitar o Museu Arqueológico e Etnográfico de Paranaguá e realizar um passeio de barco até a Ilha do Mel.

O museu fica no mesmo edifício do antigo Colégio Jesuíta, inaugurado em 1755 e o acervo abriga 25 mil peças históricas de etnologia indígena, arqueologia e cultura popular.

Farol das Conchas, Ilha do Mel, no litoral do Paraná (Foto: Otávio Nogueira/Flickr/CC BY 2.0)

Já a Ilha do Mel (foto acima) é um passeio imperdível e merece um post por si só, mas só para deixar um gosto de quero mais, vale dizer que não existe nenhum veículo de tração motor ou animal na ilha, não há ruas ou estradas, somente trilhas. Ah, também tem um número limite de visitantes. Quer algo mais exclusivo e relaxante do que isso?

9 – Imbituba (SC)

Preço médio: R$ 258

Praia do Rosa, em Imbituba, Santa Catarina (Foto: Leonardo Pallotta/Flickr/CC BY 2.0

Santa Catarina é conhecida por suas praias, mas em geral associa-se sua fama a destinos caros. Não é o caso da nº 9 do nosso ranking de praias mais baratas para se hospedar no Brasil. Imbituba fica no litoral sul de Santa Catarina, bem no meio do caminho entre Garopaba e Laguna. É conhecida por ser um excelente lugar de surf no Brasil, belas praias e por um projeto de proteção às baleias-francas.

Todos os anos, as baleias escapam do inverno antártico e migram para águas mais quentes para poder iniciar o período de reprodução longe de seus predadores e acabam sendo um dos maiores atrativos de alguns destinos do estado de julho a novembro.

Divulgação

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Baleias-francas em praia de Imbituba, Santa Catarina

 

Para ver as baleias, os melhores meses são agosto e setembro, embora as últimas baleias deixem o Brasil no final de dezembro, apenas. Há passeios de barco saindo de Imbituba para a observação de baleias, mas é preciso contar com um bom clima para entrar em alto mar.

Um outro projeto interessante para visitação é o Museu da Baleia de Imbituba, que conta a triste história da época em que as baleias eram caçadas e também mostra as diversas iniciativas de proteção aos mamíferos.

8 – Olinda (PE)

Preço médio: R$ 256

Divulgação/Prefeitura de Olinda

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Praia de Casa Caiada, em Olinda, litoral de Pernambuco

Olinda conta com um sem-número de igrejas, todas históricas. A herança arquitetônica do período colonial pode ser vista no centro histórico da cidade, mas eu acho que a melhor vista da cidade é a que mostra tudo isso e ainda tem um mar azul como pano de fundo.

Para ver tudo isso é preciso estar no alto da Caixa D’água, ou melhor: no terraço do prédio da Caixa D’água, que conta com um elevador panorâmico e com uma vista –que você já deve ter percebido pela descrição acima– maravilhosa.

Divulgação/Prefeitura de Olinda

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Vista para a Praia de Casa Caiada no Prédio da Caixa D’água, em Olinda, Pernambuco

Lá embaixo, porém, o negócio mesmo é ficar na área da praia Casa Caiada, que é repleta de bares e restaurantes, além de barraquinhas que servem petiscos à beira-mar. Depois de uma manhã na areia, vale a pena dar um pulinho no centro histórico da cidade e conferir algumas das 20 igrejas com arquitetura barroca e o Convento de São Francisco.

7 – São Miguel do Gostoso (RN)

Preço médio: R$ 249

Praia de São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte (Foto: Otávio Nogueira/Flickr/CC BY 2.0)

Não fosse pelo vento que impulsiona e possibilita a prática de wind e kitesurf nas praias das redondezas, seria correto afirmar que São Miguel do Gostoso é um reduto de pura tranquilidade, voltado para o descanso de quem visita.

A vila de pescadores de quase 10 mil habitantes fica a um pouco mais de 100 km de Natal e aos poucos vem se abrindo para receber os turistas, mas sem perder suas raízes. Tem uma igreja, ruas de terra e até casas de taipa.

Prática de Kitesurfing em São Miguel do Gostoso, próximo à Natal Foto: © juan.aguere CC BY 2.0

Prtica de Kitesurfing em So Miguel do Gostoso, prximo  Natal Foto:  juan.aguere CC BY 2.0Prtica de Kitesurfing em So Miguel do Gostoso, prximo  Natal Foto:  juan.aguere CC BY 2.0

Prática de Kitesurfing em São Miguel do Gostoso, próximo à Natal (Foto: / CC BY 2.0

A praia da Ponta de Santo Cristo é a melhor para quem quiser fazer algum esporte aquático e atrai pessoas do Brasil e de fora durante todo o ano. Por lá, há diversas escolas para aprender qualquer um dos surfs, seja ele kite, Wind ou sem prefixo.

6 – Guarapari (ES)

Preço médio: R$ 249

Vista de Guarapari (Foto: LeonardoG/ Wikimedia Commons

Em 2014, Guarapari já havia figurado na lista das 10 cidades brasileiras com o melhor custo-benefício hoteleiro. E não é por menos: a cidade capixaba conta com uma oferta hoteleira com uma boa reputação e diversas opções de praia.

A melhor delas, talvez, seja qualquer uma das três praias, que nada mais é do que um conjunto de três praias divididas por rochedos. Por uma questão judicial, a praia acabou fechada por muito tempo –o planejamento de construção de um resort na área acabou sendo barrado e até hoje o acesso principal da praia não está aberto.

Foto: Marcelo Moryan (Artísta Mutimídia)

 

Por isso, para chegar ao local é preciso um pouco de fôlego e seguir pela Praia dos Adventistas –que de feia não tem nada, diga-se de passagem, caminhar sobre as pedras para então se deparar com um cenário imbatível.

5 –  Canoa Quebrada (Aracati – CE)

Preço médio: R$ 248

Praia de Canoa Quebrada, em Aracati, interior do Ceará ((Foto: Otávio Nogueira/Flickr/CC BY 2.0)

Mais famosa pela praia de Canoa Quebrada do que propriamente pelo nome do município, Aracati também já figurou nas listas do Trivago dos destinos com o melhor custo-benefício. Não é à toa que retornou como a número 5 das praias mais baratas para se hospedar no Brasil. A fama de Canoa é justificável, é claro.

Dunas, falésias e lagoas, todas misturadas numa paisagem sem igual, de frente para o mar e debaixo do sol. Se só isso não fosse o suficiente, some tudo às diversas atividades e passeios que o lugar oferta: voo de parapente, passeio de bugue, kitesurf e uma vida noturna que não deixa a desejar. Tem até uma Broadway por lá!

Duna na praia de Canoa Quebrada, em Aracati, Ceará (Foto: Roberto Faccenda/Flickr/CC BY 2.0

Outra atividade interessante, mas talvez não tão procurada pela maioria dos turistas é a oportunidade de passear de barco pelo rio Jaguaribe, que possui uma história muito importante para o desenvolvimento da região.

4 – Saquarema (RJ)

Preço médio: R$ 225 

Surfista na praia de Itaúna, em Saquarema, Rio de Janeiro (Foto: Saquarema Prime/Reprodução)

Impossível falar de praias e não citar o Rio de Janeiro. Pelo apelido de “Maracanã do Surfe”, já dá para sacar que em Saquarema as ondas são fortes. A cidade é até conhecida como a capital da modalidade no Brasil e suas águas são constantemente motivo de comparação com as ondas surfadas no Havaí.

Se é verdade ou não, fica difícil dizer, mas que só pela analogia já valeria uma visita, isto sim é verdade. Itaúna é a praia mais famosa, mas outras opções não faltam: Jaconé, Barra Nova e Boqueirão também se destacam.

Fora da praia, conheça também a Igreja de Nossa Senhora de Nazareth que foi erguida em 1841, no alto de um morro no centro da cidade, de frente para a lagoa de Saquarema. Uma curiosidade é que a igreja matriz é a terceira edificação da igreja no mesmo local. A primeira capela foi erguida em 1662.

Templo do Rock, casa do músico Serguei em Saquarema, litoral do Rio de Janeiro (Foto: Alex Carvalho/Flickr/CC BY SA 2.0

E, para quem gosta de música, cultura (e folclore, por que não?!), tem também o Templo do Rock (foto acima), que nada mais é do que a casa de Serguei – o roqueiro brasileiro mais louco que o Batman, que já teria até tido um affair com Janes Joplin e participado de Woodstock. O músico abre sua casa e coleção para a visitação.

3 – Garopaba (SC)

Preço médio: R$ 220

Praia do Silveira, em Garopaba, Santa Catarina (Foto: Divulgação/VisitBrasil)

Assim como Imbituba, em Garopaba as baleias-francas também aparecem durante os meses de frio na Antártica. A maior atração por lá, no entanto, são mesmo as praias. A praia do Silveira (foto acima), é uma das mais conhecidas. Considerada uma das melhores do país para a prática do surfe, possui uma rica vegetação, sendo quase nativa e rodeada por montanhas.

Aí você pode se perguntar: de que adianta ser uma cidade com hotéis em conta se no inverno a água é congelante, certo? Pois é, até o mar frio serve de inspiração. Foi exatamente em Garopaba que o médico Marco Aurélio Raymundo costurou as primeiras roupas de neoprene no Brasil e fundou a empresa Mormaii –empresa que depois veio a se tornar famosa em todo o país.

Praia do Ferrugem, em Garopaba, Santa Catarina (Foto: /CC BY 2.0

 

Agora que a água gelada já não é mais um problema, aproveite para curtir as outras belas praias da região, como Ferrugem (foto acima), Vermelha, praia do Rosa e do Siriú, que possui dunas de areia de até 40 metros.

 2 – Marechal Deodoro (AL)

Preço médio: R$ 202 

Divulgação/VisitBrasil

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Marechal Deodoro, a Praia do Francês, em Alagoas

Marechal Deodoro, mas pode chamar de praia do Francês, porque é a beleza da praia que faz o destino ser considerado uma das mais belas passagens alagoanas. Para chegar até lá não é difícil, são só 30 km da capital, Maceió.

Bom, a cidade tem uma importância histórica para o Brasil, pois foi ali que nasceu Deodoro da Fonseca, que viria a se tornar marechal, proclamaria a república em 15 de novembro de 1889 e seria o primeiro presidente do Brasil.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Marechal Deodoro, Alagoas (Foto: Pedro Belasco/Flickr/ CC BY SA 2.0

Lá, é possível visitar a casa onde ele nasceu, além de várias igrejas de importância histórica para o estado, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (foto acima), construída em estilo rococó e que foi queimada durante a invasão holandesa e reconstruída entre os anos de 1672 até 1783 pelos habitantes locais.

1 – Paracuru (CE)

Preço médio: R$ 168

Praia em Paracuru, Ceará, a mais barata para se hospedar no Brasil (Foto: Maso Junior/Wikimedia Commons)

 

Não é à toa que está em primeiro lugar na lista das praias mais baratas para se hospedar no Brasil. Além de um bom preço, Paracuru tem opções que agradam a todos: dunas, praias desertas, aventura, piscina de corais. O que você pensar que um destino de praia pode ter, Paracuru tem.

Se o seu negócio é curtir uma praia mesmo, o problema vai ser escolher qual das onze opções te agrada mais. Para te ajudar a não ficar em cima do muro, que tal dar um pulinho na praia do Coqueirinho? Por lá, você não deve encontrar muita gente, somente algumas dunas e uma imensidão de mar azul para aproveitar.

Dunas de Paracuru, Ceará (Foto: GLandovsky/Wikimedia Commons)

 

Também é possível fazer sandboard, windsurfe, kitesurf, surfe e também outros passeios que exigem menos habilidades, como visitar uma fazenda de camarão ou de búfalos e até uma das casas de farinha, onde é possível acompanhar a produção artesanal de farinha.