10 lugares para visitar antes que acabem ou mudem
Nosso planeta passa por constantes mudanças, sejam políticas, sociais, geológicas ou climáticas. Em um cenário tão volátil alguns destinos turísticos podem sofrer alterações significativas ou até mesmo sumirem completamente. Com isso em mente, o buscador de viagens, Skyscanner, produziu uma lista com 10 lugares para para se visitar antes que eles acabem ou mudem. Confira:
Conhecidos mundialmente pelas centenárias pagodas budistas, construídas entre os séculos 10 e 14, os Templos de Bagan, em Mianmar, podem desmoronar ao longo dos anos por estarem próximos as extremidades da placa tectônica indiana. Em 2016, mais de 60 templos da região foram danificados por um terremoto. Então, para quem tem interesse no destino, é melhor planejar as visitas o quanto antes.
Conhecida pelas construções e carros da década de 50 e por ser a única remanescente do regime socialista no ocidente, Cuba começou a passar por uma série de mudanças a partir da abertura comercial com os Estados Unidos em 2016, quando também registrou recorde de turistas com 4 milhões de visitantes. Nos próximos 20 anos, a estimativa é que haja um enorme investimento em hotelaria e turismo no país, o que pode alterar a identidade do local.
As Ilhas Maldivas são conhecidas pela águas cristalinas e o estilo de hotel de bangalôs sobre o mar. Porém, por ter 80% das ilhas que compõe o arquipélago apenas a 1 metro acima do nível do mar, o local pode logo começar a sumir em meio as águas devido ao aquecimento global. A estimativa é que o local desapareça por completo nos próximos 100 anos.
O arquipélago de Ha Long, composto por mais de 1.600 ilhas cobertas de vegetação e sem formações de praia, vem passando por grandes mudanças devido às vilas de pescadores sobre as águas, à pesca em grandes proporções e ao turismo. Para tentar frear as mudanças ecológicas da região, que é um patrimônio mundial da Unesco, o governo local tem tomado medidas para conter o fluxo de turistas e de barcos admitidos por dia. Porém em relação ao transporte de carvão pela baía, um dos maiores poluidores das águas, pouco foi feito.
Ponto turístico construído no século 10 e conhecido pelo romantismo de se navegar pelos canais em uma balsa, Veneza vem afundando lentamente nas últimas décadas, devido ao processo natural de deslizamento dos sedimentos da lagoa sobre a qual foi posicionada, e até o fim deste século grande parte das ilhas que formam a cidade estarão de baixo da água.
O principal cartão postal do Peru e uma das 7 maravilhas do mundo moderno, o sítio arqueológico de Machu Picchu corre o risco de desabar devido à localização geográfica a 2.400 metros de altitude. Para conter o desabamento da cidade Inca, construída na segunda metade do século 14, foi estipulado um limite de 2.500 visitantes por dia.
A floresta amazônica, que engloba 9 países da América do Sul, e que conta com uma das faunas e floras mais diversas do mundo, está comprometida pela economia substancialmente agrícola do Brasil, que faz com que mais de 22 mil quilômetros de mata sejam cortadas por ano para dar lugar a plantações e criação de gado.
8 – Grande Barreira de Corais, Austrália
Considerado por muitos cientistas como o maior organismo vivo do planeta, com 2.300 quilômetros de comprimento, podendo ser vista até mesmo do espaço, a Grande Barreira de Corais é a moradia de milhares de espécies marinhas que se dividem entre os mais de 2900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis de coral. Porém, a elevação de temperatura e a poluição da água tem feito com que a coloração dos corais perca intensidade e a barreira pode deixar de existir nos próximos 100 anos.
Conhecida pelas praias e as belezas naturais e culturais, a capital pernambucana, Recife, está sofrendo com o crescimento urbano desorganizado, com a poluição dos rios Capibaribe e Beberibe, que banham a cidade, além da falta de saneamento básico por grande parte da população do município.
A Grande Muralha da China, construída em 200 a.c., com 9 mil quilômetros de extensão para evitar o avanços dos guerreiros mongóis durante a China Imperial, está sofrendo com a erosão natural causada pelo vento e com a venda ilegal de tijolos que ameaça a estrutura. Todos os anos, cerca de 10 milhões de turistas visitam o local.