20 cidades com o melhor custo-benefício para os brasileiros
Ao priorizar o custo-benefício na hora de definir sua próxima viagem, é preciso entender o destino: esqueça a Europa Ocidental ou os Estados Unidos e considere explorar a Europa Oriental, a Ásia ou a América Latina. Os países nesses outros cantos do planeta têm moedas mais fracas e, normalmente, são menos visados pelo turismo de massa.
A partir da pesquisa anual feita pelo site Price of Travel, o pessoal do Skyscanner seleciou 20 cidades, em 20 países diferentes, que apresentam melhor custo-benefício para os viajantes, inclusive os brasileiros, que têm sua moeda pouco valorizada no momento.
Dentre os custos, foram considerados o preço médio de um almoço econômico, uma diária em dormitório compartilhado em um hostel, uma diária em hotel 3 estrelas e o valor do transporte público –tudo convertido no real, para que você possa ter uma melhor noção de valores. Afinal, mais do que o valor do câmbio, o importante é o poder de compra da moeda.
Apenas a título de comparação, saiba que, em São Paulo, um almoço custa entre R$ 15 e R$ 30, o hostel a partir de R$ 45 e o transporte público (metrô), R$ 3,80. Você vai se surpreender com a quantidade de lugares incríveis que custam bem menos que a capital paulista!
1 – Cairo (Egito)
NadineDoerle/Pixabay
R$ 1 = 2,43 Libra egípcia (EGP)
Almoço: R$ 4-10
Hostel: a partir de R$ 18 (Safary Hostel)
Hotel: a partir de R$ 29 (New Garden Palace Hotel)
Transporte público: R$ 0,83
Berço de uma antiga civilização e presença ilustre nos livros de história, o Egito figura no imaginário de todo viajante. Cairo, sua capital, é também uma das maiores cidades da África, bastante caótica, diga-se de passagem, guarda algumas atrações imperdíveis, como seus museus e mesquitas –além, é claro, uma das maravilhas mundo antigo, as pirâmides do Egito.
2 – Kiev (Ucrânia)
Луц Фишер-Лампрехт/Wikimedia Commons
R$ 1 = 7,22 Hyvnia ucraniana (UAH)
Almoço: R$ 10-16
Hostel: a partir de R$ 11 (Hostel Really Central)
Hotel: a partir de R$ 31 (Hotel Nikvi)
Transporte público: R$ 0,62
As largas avenidas e os edifícios imponentes de Kiev ainda guardam lembranças dos tempos soviéticos, embora a cidade esteja aos poucos se ocidentalizando. A quantidade de museus, mosteiros, igrejas, parques e monumentos surpreenderá o viajante que, normalmente, tende a associar a capital da Ucrânia somente aos protestos e à instabilidade política do país.
3 – Phnom Penh (Camboja)
dMz/Pixabay
R$ 1 = 1.095 Riel cambojano (KHR)
Almoço: R$ 9-16
Hostel: a partir de R$ 9 (Vibol Happy House)
Hotel: a partir de R$ 34 (Angkor Mithona Guesthouse)
Transporte público: R$ 3,64
As décadas de guerra civil fizeram com que o Camboja ficasse esquecido em meio aos seus vizinhos mais ilustres, Tailândia e Vietnã. Hoje, findado o conflito, as marcas deixadas pelo Khmer Vermelho em Phnom Penh, capital do país, podem ser presenciadas em alguns lugares que foram palco dessa história. Bonitos palácios e templos budistas completam o passeio.
4 – Ho Chi Minh (Vietnã)
dMz/Pixabay
R$ 1 = 6112 Dong vietnamita (VND)
Almoço: R$ 7-13
Hostel: a partir de R$ 18 (Phuc Khanh Hotel)
Hotel: a partir de R$ 61 (Lam Binh Hotel)
Transporte público: R$ 0,97
Localizada às margens do Mar da China Meridional, a cidade de Ho Chi Minh, chamada de Saigon até a década de 1970, é a maior e mais importante cidade do país. Ainda que bastante ocidentalizada, Ho Chi Minh é um bom retrato da história do Vietnã, algo que pode ser melhor compreendido ao visitar alguns de seus mais importantes museus.
5 – Bangcoc (Tailândia)
unserekleinemaus/Pixabay
R$ 1 = 9,68 Bath (THB)
Almoço: R$ 4-20
Hostel: a partir de R$ 11 (The Overstay Hostel)
Hotel: a partir de R$ 77 (The Mix Bangkok – Bts Phrakhanong)
Transporte público: R$ 3,07
Ser uma das cidades mais visitadas do mundo e ainda assim ser barata já seria motivo suficiente para considerar uma viagem a Bangcoc. No entanto, a riqueza cultural, combinado ao caos de uma capital do Sudeste Asiático é o que realmente impressiona. Riquíssimos templos budistas, suntuosos palácios e comércios populares –ruas, feiras e mercados– conquistam o viajante. Sem falar que é ponto de partida para explorar as belezas naturais do país.
6 – Sófia (Bulgária)
GFDL/Wikimedia Commons
R$ 1 = 0,47 Lev búlgaro (BGN)
Almoço: R$ 8-17
Hostel: a partir de R$ 28 (Hostel Mostel Sofia)
Hotel: a partir de R$ 77 (Best Western Lozenetz Hotel)
Transporte público: R$ 2,08
Sófia atrai viajantes pela possibilidade de conhecer uma capital europeia longe dos holofotes. A visita a algumas igrejas, um passeio por suas pitorescas ruas e uma volta pelos parques de monumentos soviéticos são os programas a se fazer na capital da Bulgária.
7 – Belgrado (Sérvia)
Luis Filipe Gaspar/Wikimedia Commons
R$ 1 = 30 Dinar sérvio (RSD)
Almoço: R$ 10-18
Hostel: a partir de R$ 20 (Shine Hostel)
Hotel: a partir de R$ 73 (Compass River City Boat Hotel)
Transporte público: R$ 2,95
Durante os conflitos que marcaram a dissolução da antiga Iugoslávia, boa parte das ações violentas partiram de Belgrado. Esqueça o fato de a Sérvia ser considerada a vilã da história e deixe-se surpreender pela maior e mais bem estruturada cidade da Península Balcânica, dona de uma invejável vida cultural e noturna.
8 – Lima (Peru)
Divulgação/PeruTravel
R$ 1 = 0,93 Novo Sol peruano (PEN)
Almoço: R$ 6-13
Hostel: a partir de R$ 32 (1900 Hostel)
Hotel: a partir de R$ 107 (Hotel Anthony’s)
Transporte público: R$ 1,60
Em uma viagem pelo Peru, boa parte dos viajantes reserva apenas um ou dois dias para Lima, e depois, ao perceber a potencialidade turística da capital peruana, acaba se arrependendo por não ter ficado mais. As atrações envolvem o preservado centro histórico, alguns bairros cosmopolitas e, principalmente, a variada oferta gastronômica, considerada uma das melhores da América Latina.
9 – Cracóvia (Polônia)
DzidekLasek/Pixabay
R$ 1 = 1,03 Zloty (PLN)
Almoço: R$ 7-12
Hostel: a partir de R$ 17 (Honey Hostel)
Hotel: a partir de R$ 68 (Hotel Krystyna)
Transporte público: R$ 3,64
A segunda maior cidade do país foi capital da Polônia por mais de 500 anos, o que explica seu surpreendente complexo de monumentos históricos, o mais rico da Polônia. Sua riqueza secular é comprovada pela ancestral arquitetura de seus prédios, muitos deles caros a duas das maiores religiões ocidentais: catolicismo e judaísmo. E da cidade ainda se parte para visitar o infame campo de concentração de Auschwitz.
10 – La Paz (Bolívia)
StockSnap/Pixabay
R$ 1 = 1,87 Boliviano (BOB)
Almoço: R$ 10-20
Hostel: a partir de R$ 21 (Bash and Crash Hotel)
Hotel: a partir de R$ 83 (Bolivian Passport Hotel)
Transporte público: R$ 1,60
Capital mais alta do mundo, a 3.650 m de altitude, La Paz divide opiniões: enquanto uns se sentem atraídos pelas histórias, monumentos e hábitos de um povo simples, outros se perturbam com a pobreza, a sujeira e o trânsito enlouquecedor, além da elevada altitude. Vai ser preciso vir até aqui e circular pela cidade para saber de que lado você está.
11 – Sarajevo (Bósnia e Herzegovina)
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R$ 1 = 0,48 Marco Conversível (BAM)
Almoço: R$ 10-20
Hostel: a partir de R$ 20 (Hostel Lucky)
Hotel: a partir de R$ 85 (Hotel Alem)
Transporte público: R$ 3,75
Marcada por uma história de violência e genocídio, Sarajevo segue em frente sem esquecer ou tentar apagar suas chagas, como evidenciam os buracos de bala nos edifícios. No entanto, o que realmente diferencia a capital bósnia é o pluralismo étnico e religioso aqui presente, resultado de sua localização geográfica.
12 – Budapeste (Hungria)
Bergadder/Pixabay
R$ 1 = 76 Forint (HUF)
Almoço: R$ 9-15
Hostel: a partir de R$ 32 (Baroque Hostel)
Hotel: a partir de R$ 75 (Hotel Timon)
Transporte público: R$ 4,55
A capital húngara foi fundada a partir da unificação de duas cidades separadas pelo rio Danúbio, Buda e Peste. Cada uma dessas partes ainda hoje conserva características próprias, embora ambas tenham em comum pontes encantadoras, charmosos cafés, boas confeitarias e prédios grandiosos, muitos deles abrigando ótimos museus ou as tradicionais termas.
13 – Marrakech (Marrocos)
aconcagua/Wikimedia Commons
R$ 1 = 2,69 Dirham marroquino (MAD)
Almoço: R$ 11-22
Hostel: a partir R$ 20 (Hostel Riad Bik)
Hotel: a partir de R$ 37 (Riad Amssaffah)
Transporte público: R$ 1,50
Não é por acaso que Marrakech, conhecida também como “Cidade Vermelha”, é o destino mais popular do Marrocos. A bela arquitetura de suas construções, identificada nas mesquitas e nos palácios, combinada ao vibrante comércio, presente em mercados e bazares, são apenas alguns dos motivos que tornam a cidade tão procurada pelos viajantes.
14 – Pequim (China)
Daniel Case/Wikimedia Commons
R$ 1 = 1,78 Iuan chinês (CNY)
Almoço: R$ 8-20
Hostel: a partir de R$ 30 (Beijing Home Youth Hostel)
Hotel: a partir de R$ 75 (Beijing Homekey Hotel)
Transporte público: R$ 1,67
Retrato vivo do acelerado processo de desenvolvimento das cidades chinesas, Pequim tem ganhado novas e imensas construções diariamente; uma das mais expressivas, deste século, é o Parque Olímpico, de 2008. Mas o maior atrativo são aquelas históricas, como a Cidade Proibida e, principalmente, nos arredores, a impressionante Muralha da China.
15 – Jacarta (Indonésia)
R$ 1 = 3.646 Rúpia da Indonésia (IDR)
Almoço: R$ 8-16
Hostel: a partir de R$ 35 (Teduh Hostel Kota Tua)
Hotel: a partir de R$ 59 (Antoni Hotel)
Transporte público: R$ 1,09
Maior nação islâmica e maior arquipélago do mundo e quarto país mais populoso do planeta são apenas alguns dos superlativos da Indonésia. Sua capital, Jacarta, localizada na ilha de Java, é a principal porta de entrada para destinos mais populares, como Bali, mas reserva algumas atrações legais, incluindo monumentos, tempos religiosos e até parques de diversões.
16 – Cartagena (Colômbia)
DC_Colombia/iStock
R$ 1 = 834 Peso colombiano (COP)
Almoço: R$ 9-14
Hostel: a partir de R$ 27 (Hostal Casa Venecia)
Hotel: a partir de R$ 84 (Hotel El Pedregal)
Transporte público: R$ 2,15
Combinação de história e arquitetura, aliada a sons, cheiros e cores, Cartagena é o que há de mais caribenho na América do Sul. Conhecida desde a época da Coroa Espanhola em virtude da sua posição estratégica, a Cidade Amuralhada guarda um dos programas mais ricos da Colômbia: pura e simplesmente perder-se entre suas ruelas de igrejas e casas coloridas.
17 – Cidade do México (México)
R$ 1 = 4,74 Peso mexicano (MXN)
Almoço: R$ 10-17
Hostel: a partir de R$ 20 (Chill Hostel)
Hotel: a partir de R$ 48 (Panorama Hotel)
Transporte público: R$ 1,05
Parecida com São Paulo não só no que diz respeito ao tamanho da cidade e ao trânsito caótico, a Cidade do México oferece uma imensa gama de atrações, assim como a metrópole brasileira. Interessantíssimos museus, agradáveis áreas verdes e uma verdadeira imersão na cultura asteca são motivos suficientes para dar uma chance à capital mexicana nas próximas férias.
18 – Bucareste (Romênia)
R$ 1 = 1,08 Novo Leu da Romênia (RON)
Almoço: R$ 11-22
Hostel: a partir de R$ 24 (Friends Hostel)
Hotel: a partir de R$ 85 (Hotel Tripoli)
Transporte público: R$ 1,38
A curiosa miscelânea arquitetônica existente em Bucareste é exemplo dos diferentes momentos políticos pelos quais a cidade passou –se os prédios em art nouveau lembram os tempos em que a cidade era chamada de “Pequena Paris”, os imensos blocos de concreto soviético relembram os anos comunistas. Vir até aqui é descobrir o que poucos viajantes sabem: a capital romena é bastante interessante.
19 – Mumbai (Índia)
Humayunn PeerzaadaWikimedia Commons
R$ 1 = 18 Rúpia indiana (INR) Almoço: R$ 6-14
Hostel: a partir de R$ 43 (Wanderers Backpackers Homestay)
Hotel: a partir de R$ 68 (Hotel New India)
Transporte público: R$ 0,83
Todo o contraste existente na Índia pode ser percebido em sua maior e mais importante cidade, Mumbai, também conhecida como Bombaim. A diversidade religiosa e linguística, assim como a variedade de suas atrações –palácios, templos, praias e até o estúdio de cinema de Bollywood– garantem dias intensos ao viajante.
20 – Quito (Equador)
Diego Delso/Wikimedia Commons
R$ 1 = 0,27 Dólar americano (USD)
Almoço: R$ 7-18
Hostel: a partir de R$ 26 (Hostal Posada Del Maple)
Hotel: a partir de R$ 75 (Travellers Inn)
Transporte público: R$ 0,91
A capital equatoriana, cercada por montanhas e situada num agradável vale na serra, chegou a ser a maior cidade do Império Inca –pelo menos até a chegada dos espanhóis, em 1526. Se boa parte das construções pré-hispânicas foram destruídas, a herança colonial do centro histórico segue praticamente intacta, justificando Quito ter sido a primeira cidade na América Latina declarada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.