8 motivos para visitar a Islândia
Ricardo Maluf, do programa Destino Incomum, viajou para a Islândia no ano passado para gravar uma temporada do programa e lista agora algumas razões para conhecer o país do fogo e gelo. Os episódios podem ser assistidos no canal Travel Box Brazil (79 GVT) ou no canal do programa no YouTube.
A Islândia não costuma fazer parte da lista de destinos da maioria das pessoas. As causas são as mais diversas: falta de informações, o frio excessivo, a enorme distância, os vulcões e o idioma quase incompreensível acabam criando uma aura de lugar inacessível para a maioria dos brasileiros.
É comum quando comentamos que estivemos lá e recebermos olhares de surpresa. Tanto quando falamos sobre Chernobyl. Mas diferente do que a maioria das pessoas acredita, a Islândia é um local acolhedor, com uma excelente infraestrutura e preparado para receber o visitante.
Esqueça a correria de cidade grande, com trânsito caótico e filas intermináveis para tudo. Aqui reina a paz e a tranquilidade, principalmente, por que na Islândia os principais atrativos ficam ao ar livre!
E, se existem dúvidas sobre se você deve conhecer ou não o país em sua próxima viagem, deixo aqui algumas razões para levar em consideração no futuro:
Reykjavik – A capital islandesa é um show à parte. É a capital mais ao norte do mundo e abriga cerca de 1/3 da população do país, de aproximadamente 320 mil habitantes. A cidade tem um ar cativante de cidade pequena, mas com todos os benefícios de uma grande metrópole internacional. É o principal ponto de entrada para turistas (embora o aeroporto fique distante cerca de 40 km, as principais companhias de aluguel de carro te buscam), e uma das cidades com melhores índices de desenvolvimento humano.
Ricardo Maluf e Henrique Mendel/Destino Incomum
Não há crimes ou poluição. A culinária é diversificada e para todos os gostos. Há inúmeros festivais de música na cidade ao longo do ano. Há atrativos para todo lado, inclusive para cima, sendo possível presenciar as famosas auroras boreais em noites de inverno.
Natureza – Com certeza quem viaja para a Islândia não vem com o intuito de permanecer na cidade. A natureza do país é incrível e muito diversificada. Há gigantescos fiordes, vales a perder de vista, crateras vulcânicas com diâmetros acima de 1.000 metros, a 3ª maior geleira do mundo (atrás apenas do polo e da Groenlândia), lagos com icebergs, cascatas enormes e raros fenômenos naturais como a aurora boreal ou o sol da meia noite.
Para quem gosta de viajar para respirar ar puro, a Islândia é o destino ideal para uma viagem contemplativa.
Auroras boreais – Com certeza o principal argumento para conhecer o país no inverno. Acontecem quase diariamente entre setembro e abril, tendo seu auge nos meses de janeiro e fevereiro. São conhecidas como Luzes do Norte, e são causadas por tempestades solares entrando na atmosfera terrestre.
Só são visíveis nos polos do planeta e, claro, precisam de noites de céu limpo e sem luzes por perto para serem vistas. É um espetáculo de extrema beleza que, por si só, já valeria a viagem até lá.
Sol da meia-noite – Diferentemente das Auroras, o sol da meia-noite só acontece no auge do verão, em julho, quando literalmente o sol não se põe. São 24 horas de sol para curtir tudo o que a natureza tem a oferecer, neste incrível lugar. Aproveite as horas extras de luz para conhecer as highlands, que durante o inverno ficam inacessíveis.
Cascatas – Por ser um país com tanto gelo, a Islândia possui centenas de cascatas da mais pura água de degelo. De diversos tamanhos, das pequenas quedas à maior cascata da Europa (Dettifoss), com uma vazão que chega a 500 metros cúbicos por segundo no verão.
Tanto no inverno, em que algumas congelam, quanto no verão, com possibilidade de incríveis banhos, estas cascatas irão te surpreender. E se você ficar com sede, pode beber a água sem medo!
Vulcões – A Islândia fica em uma das regiões de maior atividade geotermal do planeta. São centenas de vulcões, geysirs e fontes de água aquecida. É possível fazer treeking em crateras de vulcões de mais de 400 metros de altura, tomar banho em fontes termais de águas aquecidas naturalmente, assim como presenciar os jatos eruptivos do Geysir (o original e que nomeou os demais gêiseres no mundo).
Para quem tem interesse em turismo aventureiro, ver ao vivo estas forças da natureza em ação é uma experiência inesquecível.
Gelo – Independente se você vá no inverno ou no verão é certo que você verá gelo. E muito. No inverno praticamente todo o território fica tapado com alguns metros de neve, o que acaba causando alguns transtornos, como por exemplo, o fato de que muitas estradas ficam intransitáveis.
Em compensação é possível visitar as famosas cavernas de gelo, por baixo da geleira do Vatnajökull. Elas começam a se formar no verão, com o aumento do volume das águas de degelo, mas só ficam aptas para visitação no inverno, por questões de segurança, quando a estrutura toda se solidifica novamente.
São centenas, de todos os tamanhos e profundidades, e sempre diferentes, pois a cada ano se renovam.
Cenários de filmes e livros – Para quem gosta de conhecer os locais utilizados, a Islândia é palco de grandes produções. De James Bond à Lara Croft, diversos personagens transitaram pelas terras islandesas. Afinal, que lugar melhor para representar um outro planeta do que um que, de fato, parece ser de outro mundo? E se o espaço não é interessante, que tal conhecer a porta de entrada para o centro da Terra?
A entrada, descrita por Júlio Verne no livro “Viagem ao Centro da Terra”, fica a menos de 3 horas de Reykjavik, na península Snaefells, no extremo oeste do país. Local que hoje abriga um parque nacional com diversos atrativos naturais: crateras de vulcão, geleira, praia de areias negras e a cidade com menor população da ilha, apenas 53 habitantes.
Com certeza há inúmeros outros motivos para visitar este país, então faça uma boa viagem e depois nos conte os seus motivos.
Henrique Mendel e Ricardo Maluf, apresentadores do programa “Destino Incomum”