Criação da Unav vira alvo de polêmica: Abav e Aviesp desconhecem proposta

Edmar Bull, presidente da Abav Nacional, e Fernando Santos, presidente da Aviesp

Apesar de reconhecerem que é direito de todos qualquer iniciativa no sentido de defender os interesses dos agentes de viagens e criar suas próprias entidades, os presidentes da Abav Nacional, Edmar Bull, e da Aviesp, Fernando Santos, afirmaram que desconhecem as propostas da recente criada Unav (União Nacional das Agências de Viagens), como também manifestaram sua estranheza diante da decisão de se criar mais uma entidade para defesa dos interesses dos agentes de viagens.

Baseada em Santos-SP, após possíveis desentendimentos drntro da Aviesp, a Unav ainda é desconhecida por boa parte do trade. Para ambos os executivos, é mais importante defender a união do setor em torno dos órgãos representativos da categoria para levar suas reivindicações, do que pulverizar o mercado com novas entidades e propostas. Edmar Bull lembra que os agentes de viagens deveriam sim se preocupar em participar e apoiar as grandes entidades representativas do setor.

“No ano passado nós só conseguimos reduzir a carga tributária para remessas ao exterior, bem como outras medidas, por meio da união das entidades e associações. Eu desconheço as propostas da Unav e só fui procurado por eles no final de 2016. Creio que os que participam desta nova entidade tenham interesse em defender a causa dos agentes. Lembro porém que o conceito de associativismo implica em agregar e não dividir, unir esforços e trabalhar igualmente por todos – grandes ou pequenos, sem distinção nem preconceitos”, esclareceu Bull.

Já o presidente da Aviesp, Fernando Santos, segue a mesma linha de raciocínio. Ele respeita a iniciativa da nova entidade, mas ressalta que neste momento a categoria deveria participar mais das associações que defendem o agente nas suas causas e reivindicações. “Antes de tudo, seria necessário avaliar com quais propostas nascem as novas entidades”, disse.

“Acredito que se os agentes de determinada região se que interessam pelo associativismo, deveriam considerar a possibilidade de integrar as entidades já existentes, que sempre precisam de membros atuantes, com ideias arejadas e disposição para trabalhar no cotidiano. Não se trata de uma crítica, mas de uma avaliação isenta sobre o mercado atual. A Aviesp, por exemplo, completará 35 anos este ano. A trajetória nos confere experiência, força, respeito e maturidade na condução dos pleitos da categoria”​, completou o presidente da Aviesp.