Efeito Trump: Emirates cita “deteriorização” de demanda e corta voos para os EUA

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Companhia fará uma redistribuição de capacidade

Parece que o efeito Donald Trump na presidência dos Estados Unidos trouxe uma “deteriorização significante” na demanda dos voos da Emirates Airline. Tanto é que a companhia decidiu reduzir as operações para o país já a partir de maio, cerca de três meses após Donald Trump chegar à Casa Branca. Embora não tenha cancelado nenhuma rota para os aeroportos norte-americanos que opera atualmente, a Emirates afirmou que reduzirá o número de frequências semanais em cinco dos 12 destinos em que atua.

“Esta é uma decisão exclusivamente comercial em resposta ao enfraquecimento das viagens para os Estados Unidos”, disse um porta-voz da Emirates. “As últimas ações tomadas pelo governo norte-americano relacionadas à questão dos vistos, o intensificado padrão de segurança e as restrições de aparelhos eletrônicos nas cabines tiveram um impacto direto no interesse do consumidor e na demanda para viagens ao EUA”, completou o porta-voz, que lembrou que as operações da Emirates registravam um crescimento saudável até o fim de 2016.

No entanto, de três meses para cá, tudo mudou. Em nota, a Emirates afirma que houve uma “deteriorização significante” nos sistemas de reserva para todas as rotas norte-americanas operadas atualmente, tanto no lazer quanto no corporativo. Por conta disso, a companhia não teve outra alternativa a não ser redistribuir a capacidade para outras rotas e servir diversas demandas dentro de sua malha aérea global. As cidades afetadas serão: Fort Lauderdale, Orlando, Boston, Seattle e Los Angeles.