Paralisação de obra em balneário prejudica turismo em Caldas, MG

Com a proximidade das férias de julho, donos de hotéis e comerciantes de Pocinhos do Rio Verde, distrito de Caldas (MG) temem prejuízos, já que o principal ponto turístico da cidade, o balneário, está fechado desde janeiro, quando foi interditado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) para reformas que duraram apenas duas semanas e foram paralisadas.

Pocinhos do Rio Verde tem oito hotéis e pousadas, que juntos somam 500 leitos disponíveis, mas os empresários do setor hoteleiro calculam uma queda de 75% no movimento desde o fechamento do balneário.Os banhos de hidromassagem e imersão são o principal atrativo da estância hidromineral, mas há mais de cinco meses, a paralisação da obra de restauração impede a utilização destes serviços.

“Está nos afetando de uma forma drástica. Temos funcionários e existe todo um comércio girando em torno do turismo. A falta do balneário está sendo um choque para nossa economia”, comentou a dona de uma pousada, Beatriz Tambasco.

Na ala masculina do balneário é possível perceber que o trabalho teve início, já que parte do reboco de onde ficam a saúda, as duchas e as salas de banho foi substituída. Os sistemas elétrico e hidráulico também passaram por reparos, mas o serviço parou e moradores e turistas não conseguem mais usar o serviço.

De acordo com a prefeitura, o balneário pertence à Codemig, que contratou uma empresa para executar a obra. A construção que ganhou a licitação interrompeu o serviço. O valor total da obra era de quase R$ 2 milhões.

“A verba que estava em planilha não iria dar, ia precisar de alguns aditivos para conseguir terminar. Como a empresa não obteve respostas, falou que seria impossível continuar e acabou paralisando”, explicou o prefeito, Ulisses Guimarães Borges.

Segundo o presidente da Associação Comercial e Associação Comercial e Associação Pocinhos Vivo, o fechamento do balneário trouxe impactos para o comércio e o turismo do município, que tem 14 mil habitantes. “Afastou o turista e tivemos uma perda de vendas e serviços em torno de 10%”, disse.

A prefeitura e a câmara de vereadores pediram explicações à Codemig.  Em um ofício encaminhado pela Codemig, há a informação de que as obras foram suspensas por causa de uma quebra de contrato entre a estatal e a vencedora da licitação. A empresa abandonou o serviço e entrou na Justiça pedindo a recisão contratual.

Em outra nota, a Codemig diz que o contrato foi assinado em dezembro do último ano, com previsão de conclusão das obras em um prazo de cinco meses,. Ou seja, o trabalho já deveria ter sido concluído.

Ainda em nota, a Codemig informou que a construtora rescindiu o contrato e interrompeu as reformas, sendo necessário um processo judicial para a continuidade dos trabalhos, por uma nova licitação.

Segundo a Companhia, todas as providências serão tomadas para que a revitalização do balneário seja concluída o mais breve possível.

Balneário está fechado desde janeiro (Foto: Reprodução/EPTV)Balneário está fechado desde janeiro (Foto: Reprodução/EPTV)