Turismo sexual infantil é pouco denunciado no Amapá, diz MTur
MTur diz que 12 casos foram denunciados
em 2014 no AP (Foto: Reprodução/Inter TV )
O Amapá está entre os estados brasileiros que menos realizam denúncias de turismo sexual infantil, de acordo com um levantamento do Ministério do Turismo (MTur). Em 2014, 12 casos foram registrados. Em 2015, foram 6 registros, número considerado baixo pelo órgão. O enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes foi tema de um seminário realizado nesta sexta-feira (14) em Macapá.
A ação, coordenada pelo Ministério do Turismo (MTur), pretende reforçar o uso das estratégias de prevenção a esse tipo de crime por meio da multiplicação de informações levadas ao público, como os canais de denúncia, a exemplo do disque 100, que pode ser utilizado para denunciar as suspeitas de casos de forma sigilosa e gratuita.
Coordenador de Proteção à Criança e ao
Adolescente, Adelino Neto (Foto: Jéssica Alves/G1)
O coordenador geral de Proteção à Criança e ao Adolescente do MTur, Adelino Neto, disse que o número de denúncias registradas no Amapá dificilmente reflete a realidade e que considera que há uma “subnotificação” das denúncias, pelo fato de o ‘disque 100’ não ser conhecido por parte da população.
Ele ressalta que além do número de telefone, as denúncias podem ser feitas por um aplicativo de celular gratuito disponibilizado pelo governo, chamado “Proteja Brasil”.
Neto afirmou que com a melhor divulgação dos métodos de denúncias, o índice tende a aumentar, o que não significa que o número de casos aumentou, mas que a população está mais conscientizada.
Denúncias podem ser realizados pelo aplicativo
‘Proteja Brasil’ (Foto: Jéssica Alves/G1)
“As denúncias são poucas devido ao fato de que poucos conhecem a existência do disque 100, mas elas podem ser realizadas gratuitamente, sem a necessidade de identificação. É necessário que as pessoas percam o medo de falar, para que possamos ajudar a mais crianças e adolescentes que são vítimas de pessoas que entendem que fazer turismo é fazer algo fora da lei”, disse.
Crime
Segundo o MTur, o turismo sexual é crime perante a constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É considerado turismo sexual quando uma criança ou adolescente é abusado ou explorado sexualmente por alguém que não mora na cidade onde acontece o crime. Em alguns casos, turistas vão a locais específicos onde menores são comercializados, escolhem e pagam pela criança ou o adolescente.