Mergulhos, araras e rapéis radicais: conheça o turismo ecológico de Bonito
Bonito, no Mato Grosso do Sul, destaca-se como ponto de ecoturismo. O local atrai muitas famílias e excursões, mas também viajantes independentes em busca de contato com a natureza. O Dubbi, plataforma colaborativa de viajantes, indica o que fazer por lá.
Flutuação no rio da Prata
Antes do mergulho, a caminhada pela mata ciliar do rio da Prata passa por inúmeras árvores centenárias, orquídeas e bromélias, além de avistar mamíferos como quati, macaco prego, queixada, cotia, tamanduá, cateto. Antes do mergulho –em uma imensa piscina natural de águas cristalina– o guia faz um treinamento para usar a máscara e o snorkel.
Embaixo d´água, você passará ao lado de cardumes de piraputangas, dourados, curimbatás, piaus, matogrossinhos, dentre outros. Em determinado momento você pode escolher entre continuar mergulhando ou pegar um pequeno barco. Diversas agências fazem o passeio, que custa em torno de R$ 170 e dura aproximadamente 4 horas.
Buraco das Araras
Essa caminhada de apenas 1 km é para todas as idades, pois além de curta não contem maiores inclinações. Você vai andar em uma dolina (formação geológica que forma altos paredões, com 500 metros de circunferência e 100 metros de profundidade). São duas paradas para observação e contemplação em dois mirantes das mais belas araras do cerrado.
As araras vivem em média 80 anos e uma curiosidades: os casais de araras geralmente andam juntos por toda a vida. Também tem por ali mamíferos como tatu, o tamanduá, o quati, o lobinho e outras 130 espécies de aves, incluindo curicacas e tucanos. O passeio sai por volta de R$ 60.
Boca da Onça
Nesta fazenda são diversas as opções de turismo ecológico. Os riachos e quedas d’água do local proporcionam mais de 10 cachoeiras, com água bastante transparente, porque suas nascentes estão localizadas em depósitos de calcário puro.
Para quem curte uma adrenalina, tem o rapel de plataforma mais alto do Brasil, com uma descida de 90 metros de altura, em cima do cânion do rio Salobra. São duas trilhas para os viajantes sentirem a natureza, todas com escadas e corrimões de segurança, bancos para descanso e são monitoradas e vistoriadas diariamente.
Dicas
A época de viajar para Bonito interfere muito no tipo de passeio que verá. De dezembro a março é a época das chuvas, com isso a vegetação está mais verde, o nível dos rios está maior e as cachoeiras estão mais intensas. Os animais também aparecem em maior número. No entanto, se a sua intenção é fazer mergulho, é melhor ir na época seca, porque eles costumam estar fechados com as chuvas.
A viajante Gabriela Mattedi recomenda ficar em uma pousada no centrinho da cidade. E para ela vale mais a pena alugar um carro para fazer a maioria dos passeios, pois são longes (cerca de uma hora de viagem) e as agências cobram caro, além de restringir bastante as opções de horário.
O viajante Lucas Santos, de Gravataí, indica o bar da Taboa para quem quiser aproveitar um pouco a noite de Bonito. O local tem boas cachaças, inclusive a própria Cachaça Taboa. Para comer, sopa de mandioca e iscas de peixes são alguns dos pratos mais famosos.
Tem mais dicas do que fazer em Bonito? Então deixe seu comentário e inspire viajantes.