Tamal, um ícone da tradicional gastronomia mexicana
Tamal ou tamale é um prato típico da culinária mesoamericana feito à base de milho. Em toda América hispânica se consome variações da iguaria, mas em nenhum país ela ganhou tanta história, versões e importância como no México. Talvez pelo fato de o milho ser considerado um ingrediente sagrado na cultura Maia, pois eles acreditavam que o homem havia sido criado a partir da farinha de milho, assim como essa delícia.
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Há registros do consumo dos tamales pela civilização Maia em cerimônias religiosas entre os séculos 1.200-250 a.C. Assim como pelos Astecas e Olmecas. Apesar de usar ingredientes bastante simples em sua composição, basicamente milho e alguma especiaria, além da palha (de milho, bananeira ou mandioca) como involucro, o processo de preparo é complexo, por isso era consumido principalmente pelos nobres e sacerdotes e em cerimonias religiosas.
Atualmente existem entre 500 e 5 mil tipos de tamal no país. Praticamente, cada cidade tem o seu ou os seus, que podem ser doces ou salgados. A base do tamal lembra muito a nossa pamonha, o diferencial são os ingredientes que são misturados a massa de milho e os recheios.
Os mais tradicionais e conhecidos são os oaxaqueños (pronuncia-se oarraquenhos). No México são uma espécie de “Pamonhas de Piracicaba”, pois são anunciados por seus vendedores aos berros nas ruas: ¡Tamaleeees oaxaqueñoooooos!?. Entre os sabores tradicionais, destaque para os de salsa verde, de salsa roja (molho vermelho), de mole com pollo (frango), flor de calabaza (abobrinha) e queso (queijo) e os doces, com marmeladas ou passas.
Muito comum nas comemorações, os tamales não faltam em nenhuma ocasião festiva, seja batizado, casamento ou aniversário. Essa receita tão querida conquistou os principais chefes do país e ganhou versões gourmets. Hoje, já é possível provar a delícia em restaurantes estrelados como o Quintonil e o Pujol, que figuram na lista dos 50 melhores restaurantes da América Latina e do mundo.