O Peru é encantador. Isso todos viajantes, os que já foram ou os que pretendem ir, concordam. O que pouca gente sabe é que, além do tradicional roteiro Lima-Cusco-Machu Picchu, há, no sul do país, uma cidade igualmente histórica, com belezas naturais e receptiva: Arequipa, chamada de “cidade branca”, por conta da grande quantidade de pedras de origem vulcânica oriundas dos vulcões que rodeiam a cidade.
Os viajantes do Dubbi, plataforma colaborativa de dicas de viagens, já foram até lá e têm um monte de indicações do que fazer por lá.
Panoramio
Vista do vulcão El Misti
Valle del Colca
A viajante Bruna Alquete, do Recife, indica o tour pelo Valle del Colca, também conhecido como Cânion do Colca. “Um dia é suficiente. Não deixe de tomar banho nas águas termais”. A região é cercada por nada menos que três vulcões: Misti, Chachani e Pichu Pichu.
São diversas paradas ao longo do caminho, muitas delas em vilarejos típicos da região – eles são considerados patrimônios nacionais do Peru, inclusive. Pinchollo e Maca estão entre os principais. A agricultura de subsistência é o que move os moradores.
O Bosque de Piedras é o local ideal para se deparar com alpacas, lhamas e vicunhas, animais encontrados somente nos Andes.
O ponto final da excursão é a Cruz de los Condores, onde fica o mirante de Choquetico, que permite observar gigantescos condores-dos-andes – aves com a maior envergadura do mundo.
Vulcão Misti
É o fenômeno geológico mais famoso de Arequipa, uma zona de intensa atividade sísmica, e um dos sete vulcões ativos do sul do Peru. É considerado um dos mais perigoso do mundo. É possível ver traços de fumaças sendo expelidos em diversos momentos da vida na cidade peruana. Mesmo assim, as visitas até seu cume são constantes.
Ao viajante, resta ter a consciência do risco que pode correr –um dia, sem mais nem menos, ele pode entrar em erupção. Escalá-lo exige o mínimo preparo físico, como é de praxe nesse tipo de atividade. Agências de viagens por toda a cidade oferecem o passeio, que incluem transporte, guia, barraca, roupa técnica, alimentação, colchonete e bolsa de dormir.
A escalada dura dois dias e o acampamento noturno é feito a quase quatro mil metros. Não se esqueça de extrema proteção ao frio e muita água, pois a que tem na montana não é consumível por causa da alta concentração de enxofre.
LoggaWiggler/Pixabay
O Misti é um dos sete vulcões ativos do sul do Peru
Rafting
Para os aventureiros, Bruna recomenda fazer o rafting no rio Chili. Depois de vestir os trajes adequados (capacete, colete e roupa especial), segue-se para o rio, que fica na base de uma montanha, cujo degelo da água lá do topo dá origem ao curso natural –não espere, portanto, uma água quente ao descer ladeira abaixo. O trajeto dura cerca de duas horas.
Soroche
O soroche é um dos maiores desafios enfrentados por quem viaja ao Peru. Trata-se de um mal-estar causado pelas adaptações do seu organismo à altitude do país. Uma das vantagens de Arequipa é que está “só” a 2.300 metros de altitude, e pode servir como preparação para Cusco (3.500 metros) e Machu Picchu (2.400, mais o esforço de caminhadas).
Como chegar
Existe aeroporto, mas não vôos diretos do Brasil. É possível chegar de avião com conexão em Lima. A grande parte dos turistas chega e sai pelo terminal de ônibus que tem empresas que ligam Arequipa a todas as outras cidades do pais, com ônibus partindo para as principais localidades no máximo a cada meia hora.
Quer mais ficas sobre o Peru? Basta entrar aqui e confirar as melhores dicas desse destino.