Por Naná Coutinho, do blog Lá Vai Naná
Como boa Libriana, sustento pouquíssimas certezas, mas uma coisa eu aprendi nessas poucas décadas de vida: quanto mais longa é a caminhada, maior é o aprendizado e melhor é a experiência. Prefiro abrir mão dos atalhos para encontrar de surpresa horizontes de tirar o fôlego.
Nunca aceitei o meu destino certo, sempre acreditei que é no incerto onde estão as melhores oportunidades. E existe um mundo para gente se jogar, para errar, para aprender.
Bagan, Mianmar (Fotos: Arquivo pessoal)
Hoje, a menina que mal cruzava a ponte de sua cidade atravessa continentes. E está cada dia mais certa de que dificuldade é bobagem pouca. Nada nem ninguém poderá me impedir de seguir ou me acorrentar, porque minha alma é livre e meu coração leve. Eu vou aonde quiser ir. Quando eu quiser. E é essa vontade de viver, viver de verdade, que me faz olhar para frente, sem esquecer do meu passado, para entender o que sou agora.
Eu tenho orgulho de olhar para o lugar de onde vim e ver onde estou. E não falo de cargo ou de poder. Tampouco de bens materiais. Falo de trajetória, experiência, crescimento pessoal.
May Bay, na Tailândia
Não me prendo a detalhes, muito menos a coisas. O que a vida me tirar eu ganho em dobro, eu aprendo, reinvento e saio melhor do que quando cheguei. Foi isso o que eu sempre fiz. Nunca deixei de sonhar, nunca deixarei. Nem que a vida se esforce todos os dias para me desanimar. Pedras no caminho? Não, não faço castelos porque esses desmoronam. Eu desvio, tropeço e até caio, porque é isso que me faz mais resistente e calejada para me manter de pé, firme, dona de mim e no controle de cada movimento.
Não dá para parar! Não podemos permitir que o turbilhão de obrigações do dia a dia nos tire o prazer do que realmente vale a pena e nos feche os olhos para a real felicidade. O tempo passa rápido demais! Os amigos casam, têm filhos, pessoas queridas adoecem, se vão. Faz parte do ciclo. Quando menos se espera, a vida passou e a gente nem viu. É preciso enxergar novos horizontes, eleger prioridades e valorizar muito mais cada minuto.
Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos
Não temos nenhum controle sobre nada e passamos a maior parte do tempo lutando para sobreviver por um projeto de vida medíocre, seguindo protocolos e fazendo coisas das quais não gostamos. É como se pagássemos muito caro para fazer uma longa viagem a um destino incrível e não saíssemos de um quarto de hotel sem janelas.
A vida precisa fazer sentido! Ser feliz é a minha maior urgência.
Salar de Uyuni, na Bolívia
Phi Phi, na Tailândia
May Bay, na Tailândia
Bagan, Mianmar
Bagan, Mianmar
Jaipur, na Índia