ABIH-RJ classifica Airbnb como “oportunista” e trata captação de eventos como prioridade
Após um ano totalmente atípico para a rede hoteleira carioca, está chegando 2017, que promete ser ainda mais desafiador. A cidade do Rio de Janeiro pulou de 29.000 para mais de 58.000 unidades habitacionais, muito por conta desta quase uma década de megaeventos, e agora precisa se reinventar para manter o agito do mercado e as unidades hoteleiras de pé. Em entrevista ao ME, durante a premiação da ABIH-RJ e Rio CVB, o presidente Alfredo Lopes acredita que a hotelaria carioca passou por todos os obstáculos este ano.
“É um ano para comemorar. Qualquer cidade que tem um calendário turístico que o Rio teve, precisa comemorar. Fechamos 2016 com todos os hotéis funcionando, fizemos um excelente trabalho e hoje somos reconhecidos. Chegaremos ao fim de 2016 com uma taxa de ocupação média de 70%, o que precisa ser celebrado pelo número de quartos que ganhamos”, disse Alfredo. “E em 2017 o desafio continua. Agora, a nossa responsabilidade é fazer todo este legado ser aproveitado, com reforço no calendários de eventos, que é uma das principais estratégias para movimentar o parque hoteleiro. Temos 75 eventos captados até 2020”.
Alfredo Lopes voltou a criticar o método de atuação da Airbnb no Rio de Janeiro. “São oportunistas, conhecidos como peixe-piloto, que nada atrás do tubarão. O estado precisa fazer alguma coisa, já que estamos falando de uma atividade que não paga imposto. Temos que tributar o serviço, seja com o pagamento de ISS, imposto de renda, ou qualquer outro imposto”, frisou o presidente da ABIH-RJ.