Michelly Rossi, chef de bar e responsável pela co-criação da nova carta em conjunto com sua equipe, tem a proposta de provocar uma reflexão sobre quem seriam os modernistas se a programação acontecesse um século depois no Bar dos Arcos
Símbolo de patrimônio histórico, cultural e gastronômico, o Bar dos Arcos celebra o centenário da Semana da Arte Moderna, que teve como palco o Theatro Municipal, onde o estabelecimento está localizado. A Semana de 22 foi marco da introdução do Brasil nos tempos modernos, que promoveu grandes debates e manifestações de grandes expressões da cultura brasileira.
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Após 100 anos desse fato histórico, o Bar dos Arcos resgata e propõe uma reflexão através de uma carta de drinques elaborada pela chefe de bar Michelly Rossi, em conjunto com sua equipe, com a temática As Modernistas estão chegando. “Todos os drinques foram pensados e elaborados com muito cuidado, carinho e, principalmente, respeitando esse legado de 100 anos da Semana da Arte Moderna, que foi revolucionária para o país. Além disso, queremos fazer uma provocação de quais corpos protagonizam ou deveriam protagonizar esse movimento. A conexão entre o que aconteceu e o que está acontecendo”, afirma Michelly.
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Com drinques à base de ingredientes brasileiros e latinoamericanos, a chefe de bar se inspirou em ícones da Semana de 22 como: Anita Malfatti, considerada pioneira da Arte Moderna no Brasil; Tarsila do Amaral, uma das principais artistas do movimento na América Latina; e Victor Brecheret, responsável pela introdução do modernismo na cultura e escultura brasileira. Em paralelo ao ano de 2022, traz influências de artistas como Elza Soares, um dos maiores nomes da MPB; a cantora paraense Dona Onete; e o músico, dramaturgo, escritor e ator brasileiro, Chico Buarque.
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Seguindo o conceito modernista dessas personalidades, destacam-se novidades como: ‘Jamburana’, referência a música da Dona Onete, a bebida é preparada com Bulleit bourbon infusionado em flor de jambu, Cinzano Rosso e bitter (R$36); ‘Não Me Kahlo’, referência à Frida Kahlo, uma das principais figuras do movimento modernista mexicano e uma fonte de inspiração para os movimentos de resistência especialmente o feminista. O drinque leva Don Julio, vermute seco, água de tomate, suco de limão e mel de agave (R$59); ‘Tanto Mar’, música do Chico Buarque que faz analogia à Revolução dos Cravos e teve sua versão original censurada durante a ditadura, sendo gravada apenas em Portugal. A bebida é feita com Bulleit Bourbon, Jerez fino, água de picles e bitter de laranja (R$44); e “O que se Cala”, faz menção a música de Elza Soares que traz “o meu país é meu lugar de fala”, preparado com Aperol, Cinzano Bianco e Tanqueray infusionados em maracujá com suco de limão, xarope cítrico e aquafaba (R$48).
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Na nova carta também há opções não alcoólicas como é o caso de ‘Amarela Paixão’, música de Liniker e Os Caramelows, artista travesti que revolucionou a Nova MPB. O drinque é gaseificado com maracujá, suco de limão, xarope de cardamomo e semente de coentro. (R$30); e ‘A Cuca’, obra de Tarsila do Amaral, preparado com Água de coco, suco de limão, xarope de coco, extrato de clitória, açúcar e aquafaba. (R$34).
Serviço:
@bardosarcos
End: Praça Ramos de Azevedo, s/n – República, São Paulo – SP
Horário de Funcionamento: Ter e Quar das 18h às 1h / Quin e Sex das 18h às 02h/ Sáb das 18h às 03h.