Boi de origem japonesa rende a carne mais ‘cara do mundo’

Em uma de nossas intermináveis andanças em busca do que comer (sim, eu gosto de ver todas as opções de todos os cardápios possíveis), encontramos o restaurante Heijo en. Ele fica no bairro de Asakusa, mas tem várias franquias por Tóquio. Existe um termo para esse tipo de restaurante: “Yakiniku”.

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A princípio, parecia ser mais um restaurante caro de carne japonesa, porém, ao vermos o cardápio, percebemos que tínhamos acertado no restaurante por dois motivos: por ser um tipo de restaurante que gostaríamos de experimentar pois se tratava de uma mesa com um buraco no meio onde era colocado uma pequena churrasqueira para você mesmo grelhar sua própria carne e, em segundo, foi o melhor preço que achamos para este tipo de restaurante (gastamos em tudo que vamos descrever abaixo cerca de 3.000 ienes, preço muito em conta comparado aos demais restaurantes).

Por ser o preço mais em conta, ficamos com medo do serviço, mas logo nosso medo passou. Eu fui direto para a parte que me atraiu no cardápio, o famoso Kobe beef. Já a Mari, não gostou muito da aparência da carne (estilo mármore) e reservou pegar uma carne com menos concentração de gordura, não lembro o nome da carne, mas era uma carne que lembrava o gosto da picanha, muito saborosa!

O Kobe beef é um dos cortes do bife do gado wagyu, criado na província de Hyogo de acordo com as regras definidas pela Associação de Marketing e Promoção da Distribuição do Kobe Beef. A carne geralmente é considerada uma iguaria, reconhecida pelo seu sabor, consistência e gordura, bem marmorizada.

A carne é muito macia e, devido a sua gordura entrelaçada, parece que derrete na boca, muito saborosa! A carne vem cortada em tiras para grelhar na “mini churrasqueira” que fica no centro da mesa com sua brasa incandescente. Você tem uma pinça para virar e servir a carne e, é claro, se come de hashi (palitinhos). Momento de felicidade da Mari, pois ela não come comida japonesa, mas gosta de comer com hashis.

Para acompanhar as duas carnes vieram: arroz, broto de feijão, uma espécie de escarola apimentada e missoshiro (uma sopinha aguada bem saborosa). Também pegamos uma cerveja de garrafa (Asahi dry) para o churrasco, é claro. No início achamos pouca comida, mas saímos de lá supersatisfeitos e felizes de termos experimentado o Kobe beef.

Por Alexandre Seixas e Mariana Carneiro, do blog Uma Pitada de Mundo