Dicas para otimizar seu dinheiro no exterior
Na hora de viajar para fora do Brasil, uma das principais dúvidas que as pessoas tem é em relação ao câmbio de moeda. Hoje em dia, com cada vez mais maneiras para levar dinheiro para o exterior, os viajantes ficam mesmo um pouco confusos.
Para tentar ajudar nessa hora, fiz uma lista com as principais alternativas para que você consiga otimizar as taxas de câmbio, os impostos e também atender as suas necessidades, assim você vai gastar onde realmente interessa: aproveitando a viagem!
E quais são as opções que temos?
1. DINHEIRO VIVO – Não adianta inventar, ele ainda continua sendo a opção mais conhecida e procurada. Com o papel moeda, você sabe exatamente o quanto vai gastar e evita surpresas no fim da viagem. O processo para compra é bem simples e algumas lojas oferecem o serviço delivery que entrega a moeda em casa ou no local de trabalho. Para garantir uma boa taxa, uma dica importante é programar as compras da moeda e realizá-las aos poucos até a data da viagem, assim você diminui os efeitos da variação da moeda e ganha na taxa média. O ponto de atenção fica para a segurança e a comodidade, já que levar sempre um bolo de notas com você não é nada confortável, né?
2. CARTÃO PRÉ-PAGO – São cartões recarregáveis, nos quais você pode colocar diferentes tipos de moeda e ir gastando aos poucos. Geralmente tem bandeira Visa (Visa TravelMoney) ou Mastercard (Cash Passport) e funcionam como um cartão de débito normal (com chip e senha). Tem as mesmas vantagens do dinheiro em relação aos controles dos gastos e a taxa fixa na hora da compra da moeda, porém é mais cômodo para levar. É uma ótima ferramenta para os intercambistas, já que o cartão pode ser facilmente recarregado pela internet ou aplicativo, dependendo da corretora (inclusive, recarregado pelos pais, que estarão longe). O cartão também te deixa mais protegido já que, em caso de perda, as empresas substituem o plástico e seu saldo se mantém. De negativo, só mesmo o IOF, que é o mais caro (6,38%, igual ao cartão de crédito).
3. TRANSFERÊNCIAS DE DINHEIRO – Esta é a menos conhecida de todas, mas pode ser muito prática dependendo da situação. Empresas como Western Union permitem que você faça um “auto-envio” para você mesmo, e retire no seu país de destino. Você não precisa levar o dinheiro escondido e usa a remessa como um depósito, que pode retirar ao longo da viagem. Também é o melhor jeito de receber dinheiro em emergências, já que fica disponível para receber em minutos, em mais de 200 países. A desvantagem desse tipo de serviço é que nem sempre você vai encontrar uma agência perto de você para retirar o dinheiro, o que pode tomar um pouco de tempo (e paciência). Já tem que ir preparado, sabendo onde estão as agências.
4. CARTÃO DE CRÉDITO – Ah, que maravilha! Deixar o sofrimento dos gastos para depois e até poder parcelar a fatura! Que perigo! Na verdade, para quem tem disciplina nos gastos, o cartão de crédito tem que funcionar como o de débito: se você tem o dinheiro, gasta, se não tem, aperta o cinto! Pena que nas viagens não é sempre assim, né? Mas é sempre bom ter um cartão a postos para qualquer gasto maior. O problema é que os cartões de crédito tem o IOF mais alto (6,38%) e uma taxa de câmbio geralmente variável (na maioria dos cartões, você compra, mas o câmbio só é fixado na hora de fechar a fatura), por isso podem ser a opção mais cara e arriscada de todas. A favor deles, a praticidade, os benefícios que muitos dão quando você compra as passagens ou aluga um carro (Seguros, Certificado Schengen, Concierge etc.) e as milhas que você acumula para próximas viagens.
Fiz uma pesquisa de preços que achei legal compartilhar aqui. Óbvio que as taxas variam MUITO entre as corretoras de câmbio, então o negócio é pesquisar bastante antes de sair comprando.
Como a minha intenção é mostrar como as alternativas podem ser diferentes entre si, escolhi a empresa Western Union para fazer a pesquisa, já que ela oferece três delas (Dinheiro Vivo, Cartão Pré-Pago e Remessa). Os dados são do dia 19/Maio/2016.
Lala Rebelo
Lala Rebelo
Agora, a escolha é sua! Meu veredito final é uma dica de avó: “não coloque todos os seus ovos na mesma cesta” . Escolhendo duas alternativas, você diminui seus riscos de um perrengue e tem opções com mais chance de aceitação. Nas minhas viagens, eu SEMPRE levo dólares em dinheiro, além de cartões de crédito.
E, pra finalizar, duas dicas importantes para você decidir qual moeda comprar:
- Pense nos seus reais como uma “maçã”:Você chega em uma corretora de câmbio (aqui ou em outro país), vende suas maçãs e as corretoras pagam um preço X por isso. Aqui no Brasil, todo mundo consome maçã, então elas tem um preço melhor. Em lugares onde ninguém quer maçã e você tenta vender as suas, você tem que baixar MUITO o preço até conseguir um comprador. Isso acontece com as moedas também. Portanto, se você quiser ter seu dinheiro com a melhor aceitação possível (e melhores taxas de câmbio), leve as moedas que todos querem. Dólares e Euros são como Nutella no meio das maçãs! rsrs
- Só compre moedas “exóticas” no seu destino final. Se você está indo para a Croácia ou para Aruba, por exemplo, nem pense em comprar seus Kunas ou Florins no Brasil. Como é muito difícil conseguir essas “mercadorias” por aqui, vão te cobrar MUITO mais por isso. Nesse caso, é melhor trocar reais por euros, e depois trocar euros por kunas na Croácia, onde o euro e o kuna são moedas muito comuns, e reais por Dólares, e depois Dólares por Florins em Aruba.
Lala Rebelo
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Boas viagens [e bons gastos] a todos vocês!
Por Lala Rebelo, publicitária, consultora de viagens e autora do blog LALAREBELO.COM, no qual compartilha suas experiências, dicas e elabora roteiros personalizados para outros viajantes. Com 27 anos, já esteve em 55 países. Instagram @lalarebelo_travelblog.