Documentário mostra riqueza do basalto na Serra Gaúcha

Casas e taipas construídas pelos imigrantes italianos –muitas restauradas e reconstruídas como verdadeiras obras de arte– são muito comuns na Serra Gaúcha, isso porque há milhares de ano o basalto é a pedra típica da região.

Fotos: Angela Martins/Divulgação

Fotos: Angela Martins/DivulgaoFotos: Angela Martins/Divulgao

Artista trabalha em escultura no basalto

É graças a ela que desde 2012 é realizado anualmente o Simpósio Internacional de Escultores, quando artistas de todo o mundo participam do evento e criam esculturas em basalto e acabam levando o nome de Bento Gonçalves (RS) para o exterior. Essa rica e curiosa história agora é contada no documentário ‘Domadores de Pedras: o eixo entre o denso e o belo’, lançado nesse mês de outubro.

A cidade de Bento Gonçalves integra a maior manifestação de derramamento vulcânico do planeta e essa habilidade em pedra, que vem da pré-história, quando o basalto era utilizado como material para fabricar ferramentas e utensílios para a caça, a agricultura, a domesticação, passando pela época da imigração italiana no Rio Grande do Sul, é contada ao longo dos 56 minutos do documentário.

O documentário é uma realização do Instituto Tarcísio Michelon, com a direção de Angela Martins, diretora executiva da entidade, com o financiamento da Secretaria de Estado da Cultura por meio do Pró-Cultura RS e patrocínio das empresas Intral Reatores e Luminárias e Zen Design.

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Arqueólogos, escultores, geólogos, taiperos –profissionais que erguiam muros com pedras encaixadas-, arquitetos e urbanistas, historiadores, filósofos, turismólogos e enólogos são os narradores do documentário e relatam desde a estreita ligação entre pedra e civilização humana, das imponentes erupções de lava que, muito antes do ser humano estrear na natureza, plasmaram o planeta e permanecem em forma de basalto duríssimo por milhões de anos até a paixão pelo esculpir a pedra.

O simpósio é aberto à visitação e é possível acompanhar de perto as fases de criação das obras, conhecer as experiências artísticas dos escultores durante debates públicos, interagir em uma fértil troca de visão da arte, de técnicas, de vivências.

As 32 esculturas resultantes dos três simpósios já realizados estão expostas nos Caminhos de Pedra, em uma área que está em fase de estruturação para ser a sede do Parque de Esculturas a Céu Aberto e, em breve, será aberto ao público para visitação.