Empresas de turismo online criam estratégias para driblar a alta do …

De olho nos viajantes conectados à internet, as empresas de turismo online driblam a alta do dólar e criam estratégias para aumentar as vendas de passagens aéreas e pacotes turísticos.

Na agência de viagens virtual as férias já começam no sofá de casa. A empresa, que sempre focou o atendimento nas lojas físicas, dois anos atrás resolveu apostar pesado também nas vendas online. A empresa investiu R$ 20 milhões em uma plataforma e faturou no ano passado quase R$ 130 milhões só com negócios fechados pela internet. Sem quase sentir os efeitos da crise, a empresa driblou a alta do dólar e fechou o semestre com um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. 

“Tivemos várias campanhas de dólar promocional nos últimos 18 meses, que amenizaram esse impacto, e também fizemos trocas de vitrines. Nesse período em que o dólar deu uma subida, nós trocamos destinos internacionais por resorts, por praias no Nordeste”, conta o vice-presidente da CVC Luiz Fernando Fogaça.

O otimismo com o mercado online é grande e a CVC acaba de adquirir a Submarino.com, empresa que atua há dez anos no segmento.

“No Brasil, 20% é online. Tem ainda, obviamente, um espaço de crescimento maior, mas não significa que o online vá tomar o lugar das lojas. A gente entende que vai existir uma coexistência e que são canais complementares”, afirma.

A simplicidade de fechar uma viagem com apenas alguns cliques e a comodidade ao fazer tudo pelo computador, tablet ou smartphone tem atraído cada vez mais pessoas para as agências de viagens online. Para conquistar esses consumidores, a variedade de produtos oferecidos pelos sites também só aumenta.

Passagens aéreas, hotéis, locação de carros e até viagens de ônibus. Com 19 anos no mercado, uma outra empresa aposta na frequente oferta de novos serviços para se diferenciar. É possível fechar viagens pelo celular. O aplicativo já foi baixado por 8 milhões de usuários.

A Decolar.com trabalha exclusivamente com vendas online e faturou no ano passado cerca de R$ 2 bilhões no Brasil. No primeiro semestre deste ano, a empresa registrou um crescimento de 40% em relação aos seis primeiros meses do ano passado. Descontos e o reforço nas opções de viagens nacionais ajudaram a sentir menos o impacto da alta do dólar.

“Nesse momento de crise, nós negociamos muito com os fornecedores para tentar trazer as viagens internacionais, os valores em dólar, ao equivalente em real antes da crise. O público acaba mudando do internacional para o nacional enquanto o dólar está volátil. O nacional, a gente procura aumentar a quantidade de parcelas para tentar fazer com que o consumidor continue viajando”, diz Alípio Camanzano, diretor-geral da Decolar.com.