Evandro Lopes, da Avirrp: “Somos uma região com alta renda per capita, mas não isentos da crise”
Com 1987 agentes de viagens já inscritos e 145 estandes vendidos, a Feira da AVIRRP 2015, que acontece nos dias 14 e 15 de agosto no Centro de Eventos Ribeirão Preto, segundo seu presidente Evandro Lopes, está sendo esperada com entusiasmo pelos participantes. “É contagiante. Tivemos inscrições de agentes de 17 estados. O retorno da Gol como transportador oficial possibilitou a participação de mais agentes de fora“, adianta nesta entrevista exclusiva ao DIÁRIO. Evandro antecipa também que serão 24 caravanas oriundas de 17 cidades brasileiras. Acompanhe:
DIÁRIO – A oferta de companhias aéreas para Ribeirão Preto – considerando o tamanho desta cidade – é suficiente? Quantas e quais companhias aéreas servem atualmente a RMRP (Região Metropolitana de Ribeirão Preto)?
EVANDRO ALVES LOPES – Operam em Ribeirão hoje a Gol, a Tam a Passaredo e a Azul. A oferta está bem dimensionada, é claro que uma malha com maior diversidade de horários e destinos iria favorecer o nosso mercado. Temos a proximidade com Campinas o que nos dá algumas outras opções. Conseguimos ainda preços promocionais próximo às datas da viagem, o que me sinaliza que a demanda não está desatendida.
DIÁRIO – Quais são os preparativos e as novidades para a Feira da Avirrp?
EVANDRO – Estamos trabalhando nesta feira desde antes do término da edição de 2014. Como principais novidades vejo o entusiasmo e a expectativa com que o mercado esta aguardando a feira. É contagiante. Tivemos inscrições de agentes de 17 estados. O retorno da Gol como transportador oficial possibilitou a participação de mais agentes de fora. Estamos com mais inscrições nas caravanas do que no ano passado e isto nos mostra o quanto a feira atrai os agentes e como eles acreditam no trabalho que a associação vem desenvolvendo. Estamos com uma programação de cursos bem diversificada com palestras em sala para 50 participantes e auditório para 500. Salas de treinamento nos estandes e muitos espaços de integração. Teremos o Entrega Expressa, que é um serviço de entrega do material recolhido na feira, pelos associados, em sua agências.
DIÁRIO – Evandro, o agro-business foi um dos únicos segmentos que não foi afetado pela recessão. Esse fato não oferece à Ribeirão Preto uma maior estabilidade econômica por ela ser uma cidade com esse perfil econômico?
EVANDRO – A região realmente é beneficiada pelo agronegócio em muitos aspectos. Temos a realização aqui da Agrishow, uma das maiores feiras do setor, mas estamos sofrendo a crise do setor do álcool e ainda com os cortes no comércio. Somos uma região com uma alta renda per capita, mas não estamos isentos da crise.
Teremos o Entrega Expressa, que é um serviço de entrega do material recolhido na feira, pelos associados, em sua agências.
DIÁRIO – Que tipo de apoio o Ministério do Turismo dará à feira da Avirrp este ano?
EVANDRO – O Ministério estará presente e nos apoiando com o reconhecimento da importância de nossa feira, como tem feito há anos. Esperamos repetir este ano a presença do Ministro pois a feira foi a primeira a ser visitada pelo Ex-Ministro Vinicius Lages e isto se mostrou como uma prática salutar que trouxe proximidade com os agentes e todo o mercado, possibilitando o entendimento do setor.
DIÁRIO – Que tipo de apoio as entidades (ABAV – Braztoa – ABIH e outras) dão ao evento?
EVANDRO – As entidades como um todo entenderam que sua proximidade fortalece-as e que o diálogo contínuo favorece sua representatividade. O caráter do apoio é mais institucional do que qualquer outro, significando um aval à credibilidade do evento.
A criatividade e a inovação serão os grande diferencias a determinar os eventos que irão se perenizar e os que deixarão de ser viáveis.
DIÁRIO – Já que o segmento sofre uma crise de liquidez, a Avirrp aguarda um maior número de expositores como reação? Afetará o número de participantes?
EVANDRO – Não estamos vendo um problema com o número de participantes, mas com certeza a crise afeta a participação dos expositores. O que vemos é que aos poucos estaremos fazendo uma migração para modelos mais econômicos de feira com maior direcionamento de recursos para a formação e a capacitação dos agentes e simplificação dos estandes. Uma feira voltada para profissionais e com valorização de resultados. A criatividade e a inovação serão os grandes diferencias a determinar os eventos que irão se perenizar e os que deixarão de ser viáveis.
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