Ilha de Marajó encanta pela fauna, a flora e as praias – Turismo …

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    Praia de Joanes é uma das mais famosas de Marajó - Foto: Leogump | Ag. A TARDE

    Praia de Joanes é uma das mais famosas de Marajó

Marajó, terra dos búfalos e dos guarás – assim a ilha é definida pelos seus moradores. Mas não se engane, o lugar reserva belezas muito maiores do que essas. Para se ter uma ideia, a ilha de Marajó, localizada no Pará, é maior do que os estados de Sergipe e Alagoas juntos.  Além da fauna e da flora, chama atenção também pela sua gastronomia, com alimentos preparados à base da carne do búfalo e também de frutas típicas da região, como o bacuri.

O acesso à ilha é feito de balsa, para os carros, ou de barco, para os pedestres, durando cerca de três a quatro horas. O trajeto é tranquilo, o barco não costuma balançar muito e já é possível apreciar uma parte do que a natureza tem para oferecer no lugar.

A chegada é no Porto de Camará, onde encontramos as vans que levam para as outras cidades da ilha. As principais são Soure e Salvaterra, separadas por um rio. Soure é tida como a capital do Marajó, possuindo melhor estrutura, com bancos e restaurantes. Salvaterra é menor; em compensação o turista encontrará melhores preços de hospedagem.

O trajeto entre as duas é feito em pequenos barcos, que custam R$ 3 e duram 25 minutos. Ao entrar nas cidades, logo se percebe que em Marajó tudo é muito simples, sem requintes. O turismo na ilha ainda está em fase de estruturação, por isso não se encontram grandes agências de turismo, nem muitas informações a respeito dos destinos. O jeito é ir conversando com as pessoas, perguntando principalmente aos donos de pousada e aos que trabalham com transporte, motoristas de van, táxi e mototáxi.

Água salobra

Não se surpreenda, mas um dos grandes atrativos de Marajó são as praias. Nessa época, é o período de sol forte na ilha, quase sem chuvas, exceto à noite. Um pouco diferente do convencional, as praias são de água salobra (mistura de salgada com doce).

As principais são Pesqueiro e Barra Velha, em Soure, seguidas de Praia Grande, que fica em Salvaterra. Mas há muitas outras, mais distantes, como Joanes e Água Boa. Em todas elas, o turista encontrará estrutura para acomodar-se. Nas barracas de praia é possível experimentar os peixes da culinária Marajoara, acompanhados de um purê de açaí, servido quentinho, similar ao popular purê de batata.

Nas praias, o turista deve ter atenção especial, pois os próprios nativos alertam para o risco de pisar em arraias dentro da água. Por isso, deve-se preferir o banho na maré cheia, em locais que não estejam vazios e, se possível, entrar na água arrastando os pés, para afastar alguma arraia que não saiu com a cheia da maré.

Brasil diferente

Rita de Podestá, 29 anos, mineira, publicitária, com sua mãe, Gaby Aragão, visitou Marajó pela primeira vez agora em julho e saiu de lá com a melhor impressão. “É uma paisagem e uma cultura completamente novas e desconhecidas. Isso tornou a viagem ainda mais interessante. Essa coisa dos búfalos também é incrível, diferente, estão em todo lugar. Marajó tem um turismo muito interessante, pois nós emergimos na cultura do povo e do local. Os marajoaras são pessoas receptivas e atenciosas, isso foi algo muito bom também. O que mais me impressionou foi vivenciar um Brasil diferente do meu, aqui do Sudeste, isso a gente vê nas pessoas, na arquitetura, na culinária, em tudo”.

Dicas

Leve dinheiro: É difícil achar locais que aceitem cartão de débito e crédito

Repelente: Item essencial, mesmo em pousadas com ar condicionado

Roupas leves: Prefira, se  for no segundo semestre. O sol é intenso o dia inteiro

Mototáxi: É o meio de transporte mais econômico na ilha, seguido das vans

Onde comer: Pousada dos Corações (Salvaterra) e  Solar do Bola e  Patuanu (Soure)

Hospedagens: Pousada dos Corações, Canto do Francês, Casarão da Amazônia.