Luiz Andreaza, gerente de marketing e comercial da agência Vai Voando, fala ao DIÁRIO

Com foco nas classes C, D e E, a agência de viagens Vai Voando já conta com 307 pontos de venda espalhados pelo território nacional. Sem a necessidade de comprovação de renda, fiador ou consulta de crédito, a agência adotou um sistema de compra pré-paga para evitar a inadimplência. Em entrevista ao DIÁRIO, Luiz Andreaza, gerente comercial e de marketing da agência, explicou como funciona essa alternativa de viagem, apresentou os principais destinos vendidos pela agência, falou sobre o impacto social da iniciativa, entre outros assuntos. Confira:

DIÁRIO – Quais são os principais pontos de vendas da agência?

LUIZ ANDREAZA – A Vai Voando trabalha com parceiros que empreendem nas favelas, comunidades e periferias onde o seu público (classes C, D e E) reside. Contamos hoje com cerca de 307 pontos de vendas pelo Brasil, sendo sua maioria na região sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro).

DIÁRIO – Quais as vantagens em utilizar o transporte aéreo no lugar do rodoviário?

LUIZ ANDREAZA – Além da comodidade, rapidez, segurança, os preços hoje são cada vez mais vantajosos. Por exemplo, um cliente que viaja entre São Paulo e Fortaleza para férias de 10 dias, vai perder aproximadamente 5 dias da viagem se for de ônibus. No entanto, no avião ele consegue utilizar este tempo no destino, aproveitando melhor sua viagem, além de economizar com paradas e refeições na estrada.

DIÁRIO – Quais são os destinos mais vendidos pela agência?

LUIZ ANDREAZA – Os nossos principais destinos são:

1º Rio de Janeiro x Fortaleza
2º São Paulo x Salvador
3º Rio de Janeiro x João Pessoa
4º São Paulo x Recife
5º São Paulo x Maceió
6º Rio de Janeiro x Recife
7º São Paulo x Fortaleza
8º Rio de Janeiro x Teresina
9º Rio de Janeiro x Natal
10º Rio de Janeiro x São Luis

DIÁRIO – As classes C e D são mais pontuais em seus pagamentos?

LUIZ ANDREAZA – Não podemos afirmar que a pontualidade seja melhor em função da classe social, mas por oferecemos uma opção pré-paga, onde a inadimplência faz com que ele não concretize a sua viagem, favoreça um índice elevado de pontualidade.

DIÁRIO – Forma de pagamento em boleto sem consulta de crédito gera inadimplência? Neste sentido, quais são as exigências feitas ao viajante?

LUIZ ANDREAZA – Em função da forma pré-paga não possuímos inadimplentes, e sim um índice baixo de desistência daqueles que não pagam seus planos até a quitação. A própria forma de venda associada às penalidades por desistência inibem a falta de pontualidade nos pagamentos. Quem não quita o plano, não recebe a sua passagem e não viaja.

DIÁRIO – O que é a Favela Vai Voando?

LUIZ ANDREAZA – A Favela Vai Voando nasceu há mais ou menos 2 anos, em parceria com a CUFA (Central Única das Favelas) que tem o objetivo de priorizar a empregabilidade e a inclusão dos empreendedores da favela, mostrando que a Vai Voando pode ser mais uma fonte de renda, ajudando no trabalho e desenvolvimento da região e dos moradores.

Atualmente, a agncia conta com 307 pontos de venda no Brasil. (Foto: divulgao)

Atualmente, a agência conta com 307 pontos de venda no Brasil. (Foto: divulgação)

DIÁRIO – A criação de pontos físicos de vendas na periferia e nas favelas gera emprego para esta população? É usado algum critério relacionado a isso na contratação de profissionais na agência?

LUIZ ANDREAZA – Sim, é premissa nossa contratar pessoas da própria comunidade, pois estas são as nossas representantes/fiadoras nestes territórios, onde nem sempre a Vai Voando é conhecida. Pessoas de fora das comunidades são naturalmente rejeitadas, posto que não gera empatia e confiança (necessidade básica no relacionamento nestes territórios).

DIÁRIO – Ao que se explica a grande variação no crescimento da empresa de 2011 para cá?

LUIZ ANDREAZA – Foi um processo de melhoria no nosso produto através de parcerias com as principais companhias aéreas, além da expansão territorial.

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