Muito além dos parklets em St. Gallen, na Suíça
Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado
Os espaços públicos são o primeiro nível de relação entre a cidade e seus habitantes.
O termo parklet foi utilizado pela primeira vez em 2005, em São Francisco, EUA, quando o espaço de um estacionamento foi fechado para criar um miniparque temporário. De lá para cá essa nova proposta ecoou em muitas metrópoles ao redor do mundo e se tornou uma tendência mundial.
São Paulo não ficou de fora, instalou um parklet na região da avenida Paulista, e criou um nome mais bonito do que o gringo: minipraças. Foi uma verdadeira febre e hoje várias minipraças pipocam por diferentes bairros da cidade.
As minipraças que ocupam a vaga de um, dois, ou mais carros, conectam as pessoas e melhoram o bairro. Cada minipraça pode conter bancos, mesinhas, jardineiras, um guarda-sol e um bicicletário. Mas, St. Gallen não apenas reproduziu a ideia, inovou.
Nessa cidade suíça, a artista multimídia Pipilotti Rist, foi além e até brincou com o conceito dos parklets. Ela fez do espaço público uma extensão da sala de estar, atapetando a Raiffeisenplatz.
Não satisfeita, Pipilotti foi carpetando mais ruas até forrar o bairro inteiro. Difícil de contentar a artista estendeu o tapete vermelho sobre bancos, sofás, vaso, lustre, e nem mesmo uma fonte e um carro estacionado escaparam da onda vermelha.
O espaço cor de fogo explora o emocional e esteticamente transmite alegria. Ele ativa a recreação das crianças, pode-se circular em bicicleta ou ser ocupado para a apresentação de músicos, mostra de fotos, ou o que mais os moradores desejarem.
Ah!!! Tomara essa moda se estenda também por aqui! Afinal, somos criativos por natureza e podemos ousar muito mais. Quem se habilita?