Mulheres do Turismo: Veja cinco dicas para chegar à liderança
Em uma empresa, cerca de 52% dos funcionários são mulheres, destas apenas 30% ocupam cargos importantes na estrutura base da empresa. Mas, segundo as estatísticas estas mulheres vão desaparecendo conforme os cargos vão ficando mais importantes. Entre 6 e 8% delas estão na liderança e menos de 3%, com exceção das herdeiras, ocupam conselhos.
Considerando que o Turismo é um dos segmentos com o maior número de mulheres na força tarefa, chega a ser assustador que, há alguns anos, quase nenhuma instituição de peso era liderada por uma mulher, a exemplo da Braztoa que ano após ano recheou as paredes com quadros de grandes homens. E só recentemente elegeu sua primeira presidente mulher, ou melhor, presidenta, Magda Nassar.
Para Ana Fontes, responsável pela criação da Rede Mulher Empreendedora, é importante que as instituições ofereçam suporte as mulheres, de forma que estas tenham condições de subir aos cargos de diretoria.
“Mais da metade da população do planeta é formada por mulheres, mas somos a minoria no poder. É importante tentarmos entender os motivos por trás deste fator, que faz com que o número de líderes do sexo feminino seja tão reduzido, passando de 30% na base para apenas 3% em conselhos. Primeiramente, é neste momento de ascensão, entre os 30 e 40 anos, que muitas mulheres largam as carreiras para cuidar dos filhos. Isso porque a sociedade define que a mulher deve escolher entre ser mãe ou alto-executiva. Outra questão é que não há programas dentro das corporações que ofereçam auxílio à mulher para ajudá-la a chegar ao topo”, explica Fontes que reforça: “Não queremos condições superiores. Queremos condições diferentes para os diferentes; e a mulher precisa de auxílio quando tem um filho, por exemplo”, enfatiza.
Confira abaixo cinco atitudes que ajudam o empoderamento feminino:
– Sem julgamento: Para Fontes, julgar menos uns aos outros é crucial. “A mulher é julgada em todos os momentos, se é casada, se não é , se tem um filho, nenhum ou três… Temos que parar de julgar a mulher!”
– Posicionamento: Magda Nassar, presidente da Braztoa, afirma: “as mulheres precisam se posicionar mais. Além de agregar conteúdo a fim de ajudar outras mulheres a chegarem ao poder. O Turismo é uma área muito machista. E nós temos que colocar o rosto à tapa. Mostra que somos capaz”.
– Síndrome da impostora: “muitas mulheres não se identificam dentro do ambiente de poder e se acham desmerecedoras dos altos cargos. Por isso, começam a se auto-sabotar para não chegar à diretoria. Precisamos identificar e parar esse processo”, diz Ana Fontes.
-Compartilhar experiências: Tássia Chiarreli, que desenvolve um projeto para empreendedoras com mais de 50 anos, enfatiza: “São as conexões que movem o mundo. Nada do que eu fiz foi sozinha. Temos que nos ajudar. É importante produzir conteúdo e dados para que os outros saibam como e o que estamos fazendo e assim, conseguirem reproduzir”.
-Programas de auxílio: Fornecer ambientes propícios e favoráveis para o crescimento e desenvolvimento das mulheres, com projetos, programas e cursos.