Museu do vinho verde de Ponte de Lima foi primeira inauguração …
“Já tenho o meu nome afixado em muitas paredes, de tribunais a postos da GNR ou esquadras da PSP em algumas obras que fui fazendo como autarca durante oito anos mas efetivamente como primeiro-ministro não tinha o meu nome pendurado em nenhuma parede”, afirmou o chefe de governo.
“Seguramente, muito provavelmente, não ficarei para a história de Ponte de Lima mas Ponte de Lima ficou definitivamente para a história da minha própria vida, porque não há segunda vez para a primeira vez, e esta foi a minha primeira vez. É com muita satisfação que aqui estou”, gracejou o primeiro-ministro.
O novo equipamento, que representou um investimento de 1,6 milhões de euros, “funcionará como uma estrutura abrangente, integrando a diversidade e identidade das nove sub-regiões que integram a Região Demarcada dos Vinhos Verdes, na perspetiva da promoção do vinho e divulgação do património vitivinícola”.
“A satisfação de ver este centro a funcionar e o que ele representa e pode representar de valorização dessa grande riqueza nacional que é o vinho verde”, sublinhou António Costa que deu ainda “os parabéns” ao município liderado pelo autarca Vítor Mendes (CDS/PP) que, com a inauguração daquele espaço comemorou hoje os 891 anos da entrega da Carta de Foral pela Rainha D. Teresa a Ponte de Lima, em 1125.
No discurso que proferiu no auditório dos Paços do Concelho, o autarca de Ponte de Lima pediu ao primeiro-ministro “maior celeridade na resolução de problemas por parte do poder central, combatendo a sempre irritante burocracia”.
“Procedimentos morosos que impedem o desenvolvimento local têm que ser revistos, burocracias desnecessárias, saltitantes de secretária em secretária, de gabinete em gabinete, exigem ações firmes para que projetos estruturantes e de alto interesse não demorem mais tempo na aprovação e nos pareceres do que na execução”, sustentou.
O equipamento resultou de uma parceria da Câmara Municipal e da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) no âmbito de duas candidaturas apresentadas ao programa ON.2 – O Novo Norte (Programa Operacional Regional do Norte).
A nova estrutura resultou da recuperação da Casa Torreada dos Barbosa Aranha, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1977.
O novo espaço, situado em pleno centro histórico da vila, “destina-se a promover a Rota dos Vinhos Verdes e os respetivos aderentes, reforçando o posicionamento do Minho como destino de referência no enoturismo a nível nacional e internacional”.