Na Suíça a liberdade é um trem

Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado

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Passear de trem pela Suíça é a maneira mais prazerosa e fácil de conhecer o país do chocolate e das montanhas deslumbrantes.

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Há trens para todo gosto: os cabriolet, espécie de conversíveis para curtir plenamente os dias ensolarados do verão, o luxuoso Expresso Glacial com janelas panorâmicas que cruza os Alpes, e os de locomotivas a vapor para se imaginar em viagem ao passado, com vagões em estilo alpino ou de antigas cabines Belle Époque. E há ainda os trens a cremalheira para chegar à mais alta estação da Europa, em ferrovia tida como obra de arte de engenharia e reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.

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Nos vagões pode-se embarcar com as bikes, esquis, barracas e até cachorros. Mas atenção, em um vagão especial da primeira classe, é proibido bater papo. Psiu! Isso mesmo, silêncio ali é palavra de ordem. Não dissemos que havia trens para todos os gostos? Nestes vagões viajam de executivos trabalhando em seus laptops até velhinhos esportistas dormitando antes de pegarem uma trilha.

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Seja qual for a sua escolha, uma coisa é certa: a belíssima paisagem é uma constante nesse cenário de sonho. Montanhas recobertas de verde luminoso, picos nevados, viadutos de pedra com alturas estonteantes, vilarejos com igrejas de torres pontiagudas e pitorescas casas com jardineiras transbordando de gerânios multicoloridos. Nos campos ainda se veem rebanhos de ovelhas, camponesas em meio a seus afazeres, e pralápracá pipocando pelas trilhas, viajantes de todas as idades a pé, de bicicleta, a cavalo ou esqui.

Pintou aquela inesperada fome? Abra a porta, caminhe até o vagão-restaurante e peça a deliciosa torta de johannisbeeren, espécie de cerejas silvestres acompanhada de um vinho regional.

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Não é exagero dizer que nesse pequeno país existe um trem para qualquer lugar onde você queira ir. São mais de cinco mil quilômetros de estradas de ferro que podem ser cobertos pelo Eurorail Pass. A partir de US$ 265, você pode ir para cima e para baixo durante uma semana e, se ainda desejar ou se o tempo permitir, dar uma esticada até a França, já que este tipo de passe, conhecido como Regional Pass, cobre os dois países.

Melhor ainda, como as distâncias são curtas é possível cruzar a Suíça em apenas três horas.

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Hora de voltar para casa. Mais um pequeno trajeto de trem e o viajante já estará na Estação Central de Zurique e, dali para o aeroporto novamente o trem será o transporte escolhido. Mas antes, a poucas quadras da estação, fica a Lindt, templo do autêntico chocolate suíço. Nas tentadoras prateleiras dentro de um pacotinho, o único que faltava de todo passeio: um trem de chocolate.

Para mais informações: www.swisstravelsystem.ch

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