Parque Nacional das Emas reabre em Goiás; confira atrações

O ecoturismo levou um susto, no mês passado.

Localizado no extremo sudoeste goiano, o Parque Nacional das Emas estava fechado desde então, devido à falta de repasse dos recursos para manutenção dessa unidade de conservação. Apenas cinco funcionários estavam à disposição para cuidar dessa área preservada de 132 mil hectares.

Segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, “os serviços internos de limpeza foram restabelecidos e o funcionamento estará normal”, a partir do dia 25 de janeiro.

Parque Nacional das Emas, em GoisParque Nacional das Emas, em GoisParque Nacional das Emas, em Gois

Créditos: Eduardo Vessoni

Parque Nacional das Emas, em Goiás

Criado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, em 1961 –mesmo ano de criação da Chapada dos Veadeiros -, o parque já havia sido fechado em 2010, devido a um incêndio de grandes proporções que, segundo guias locais, teria destruído mais de 8o% de sua área total.

Mas a Natureza por ali é insistente e, a despeito desses e de outros problemas (entre eles, o número baixo de visitantes), o Parque Nacional segue orgulhoso de seus títulos.

Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, desde 2001, o Parque Nacional das Emas é considerado uma das poucas áreas conservadas que apresentam diversas formas de Cerrado, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão responsável pela administração do local.

Confira atrações

O parque é imenso e a visitação ainda é bem baixa (segundo o Viagem em Pauta apurou com guias locais, em 2016, apenas três mil pessoas passam por ali, a cada ano), mas o PN das Emas é endereço de um dos cenários mais impressionantes de Goiás.

Curiosamente, o parque é visitado mais por estrangeiros do que por visitantes brasileiros.

A regra por ali é o turismo de contemplação.

Nesta espécie de safári brasileiro, o visitante vê vida animal, sem muita dificuldade; realiza boia cross e flutuação no rio Formoso; e, em certas épocas do ano, assiste ao impressionante fenômeno da bioluminescência, quando cupinzeiros são iluminados por larvas de vaga-lumes.

Vida animal

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Créditos: Eduardo Vessoni

Nesta espécie de safári brasileiro, o visitante vê vida animal, sem muita dificuldade

Seja a pé ou de carro, a atividade mais comum é a observação de animais.

São mais de 600 espécies de aves, além de animais como a anfitriã que dá nome ao local, a ema; veado-campeiro, raposa e lobo guará.

Dos 500 km de estrada, no interior do parque, 250 km estão abertos para que o visitante circule com o seu próprio veículo em trilhas autoguiadas, como a do Glória (20 km) e a do Jacubinha (15 km).

Diferente dos safáris tradicionais, o local permite o desembarque para que o visitante possa fazer trilhas curtas.

As trilhas também podem ser feitas a pé ou de bicicleta, cujo aluguel custava, em 2016, R$10 (1h) e R$ 30 (a diária).

Carro safári

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Créditos: Nébias Silva/Divulgação

Diferente dos safáris tradicionais, o local permite o desembarque para que o visitante possa fazer trilhas curtas

Para quem vai sem carro, o parque conta com uma caminhonete adaptada, com 20 lugares, para visita ao parque. Em 2016, o serviço custava R$ 200 para até 20 pessoas.

Como se trata de um serviço terceirizado, confirme seu funcionamento, antes de visitar o local.

Turismo de aventura

O Parque Nacional das Emas é cortado pelo rio Formoso, onde acontecem saídas para a prática de boia cross (R$ 50) e flutuação (R$ 40). SAIBA MAIS

Boia cross no rio Formoso, no Parque Nacional das EmasBoia cross no rio Formoso, no Parque Nacional das EmasBoia cross no rio Formoso, no Parque Nacional das Emas

Créditos: Eduardo Vessoni

Boia cross no rio Formoso, no Parque Nacional das Emas

De águas geladas e agitadas, as atividades exigem um breve treinamento, antes do visitante seguir por corredeiras, ao longo dos 1.300 metros de atividade.

Já a flutuação custa R$ 40 e é realziada por 1.200 metros do rio.

Ambas atividades é de nível moderado e pode ser feito por pessoas, a partir dos 12 anos.

Parque iluminado

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Créditos: Nébias Silva/Divulgação

Bioluminescência no Parque Nacional das Emas, em Goiás


A atração mais aguardada no parque é a bioluminescência que acontece no final da temporada seca.

É nessa época que vaga-lumes depositam seus ovos em cupinzeiros e emitem luzes noturnas que transformam o local em uma espécie de Las Vegas do Cerrado, segundo a definição bem-humorada do guia Renato Gusmão.

Dicas

Rio Formoso, no Parque Nacional das Emas, em GoisRio Formoso, no Parque Nacional das Emas, em GoisRio Formoso, no Parque Nacional das Emas, em Gois

Créditos: Eduardo Vessoni

Rio Formoso, no Parque Nacional das Emas, em Goiás

 A diária de um guia custa R$ 180, para até 15 pessoas.

⇒ Devido às altas temperaturas e áreas descampadas, visite o parque o mais cedo possível ou ao entardecer. O parque abre das 6h às 18h, durante a temporada seca; e fica aberto até às 22h, na época da bioluminescência.

⇒ Como se trata de um experiência ao ar livre, que permite o desembarque em área selvagem, evite usar perfume e vá com roupa camuflada.

⇒ Leve comida e água, uma vez que o parque não conta com restaurantes ou lanchonetes.

Saiba mais

Quanto custa
R$ 13 e R$ 6 (moradores das cidades vizinhas).

Grátis para estudantes, menores de 8 anos e maiores de 60 anos.

Quando ir

De junho a setembro, ocorre a temporada de chuva no PN das Emas.

Já as chuvas são mais comuns, de dezembro a março, quando recomenda-se visitar o parque apenas em carros 4×4. Segundo guias locais, chove, praticamente, todos os dias, de novembro a janeiro.

Assim como explica o ICMBIO, o parque é atingido por raios, a partir de setembro, o principal causador de incêndios na região.

Por isso, não se assuste com extensas áreas escuras que se assemelham a campos queimados. São os aceiros, subdivisão, com largura que varia de 25 a 100 metros, onde são realizadas, previamente, queimadas que previnem incêndios de grandes proporções.

Como chegar

O principal acesso ao PN das Emas é o município de Mineiros, a 420 km da capital goiana. Pela GO-341, são 88 km de estrada até o portão do Jacuba .

O parque ocupa também as cidades de Chapadão do Céu (GO), no extremo sudoeste de Goiás, na divisa com Mato Grosso do Sul; e parte de Costa Rica (MS), a 390 km de Campo Grande.

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