Pilotos da American Airlines não terão novos contratos até 2020, diz CEO
A cada dia, comandantes, pilotos e co-pilotos de aeronaves comerciais reconhecem ainda mais a sua importância dentro deste mercado. Amparado por seus sindicatos, os profissionais ao redor do mundo estão sempre em busca de novos contratos, de aumentos expressivos dos salários mensais, entre outras regalias que criam o embate, as greves, os cancelamentos de voos, os transtornos para os passageiros e, consequentemente, prejuízos milionários às companhias. Um bom exemplo é o caso da Lufthansa, que perde até 16 milhões de euros por dia com greves.
É como se hoje boa parte das companhias aéreas estivessem nas mãos dos pilotos, mas nem sempre é isso que acontece. A American Airlines, por exemplo, do CEO Doug Parker, reconhecendo que os pilotos estão na quarta colocação em meio aos profissionais das quatro maiores companhias dos Estados Unidos, afirmou que “agora estamos na quarta colocação, e continuaremos na quarta colocação até o fechamento de um novo contrato, que não deve acontecer antes de 2020”, disse o CEO.
De acordo com Doug Parker, os contratos firmados em 2015 permanecem em dia, mesmo após pilotos da Delta, Southwest e United terem conseguido contratos melhores, o que de certa forma preocupa o presidente da Associação Aliada dos Pilotos (APA, em inglês), Dan Carey, que representa 15.000 pilotos da American Airlines. “Tem horas que alguém tem que estar na quarta colocação, depende dos contratos firmados e suas extensões. Estamos em mundo em que uma empresa sempre supera a outra, e isso sempre vai acontecer quando novos contratos forem assinados”, complementou o CEO Doug.
Para o CEO da American Airlines, é impossível “entrarmos em um mundo onde a todo momento alguém nos supera, e logo depois superamos eles de forma imediata. Isto faria o processo não ter fim”, disse. Doug ainda se comprometeu em assinar sempre os melhores contratos da indústria de aviação comercial norte-americana, embora isso leve tempo.