Região deve ser analisada numa lógica nacional
A abordagem ao Norte não deve limitar-se a uma perspetiva regional.
Tenho defendido em outros escritos que a abordagem ao Norte não deve limitar-se a uma perspetiva regional. Os seus problemas não são apenas regionais, mas também nacionais, ponderando a evolução desejável da economia portuguesa para trajetórias mais sólidas de desenvolvimento económico. Assim, na década e meia em análise, temos reflexos na Região da anemia de crescimento dos anos 2000, dos efeitos do ajustamento determinado pelo resgate da economia portuguesa e uma aparente boa saída da crise, a que é necessário dar maior fôlego.
Dos dados disponíveis destacaria três traços fundamentais.
Primeiro, a aglomeração metropolitana do Porto fica aquém do contributo esperado para uma convergência mais acelerada com a União Europeia e o país, atendendo sobretudo ao potencial de infraestruturas e de recursos de conhecimento para a competitividade que nela se concentram.
Segundo, a sub-região do Alto Minho constitui uma surpresa positiva de evolução, sendo apelativo começar a pensar na combinação entre mais-valias ambientais e base produtiva que está a permitir sustentar a sua posição relativa. Cávado e Ave continuam a mostrar que a internacionalização da Região não pode ficar limitada à sua aglomeração metropolitana.
Terceiro, apesar da espantosa evolução que a economia do vinho está a proporcionar ao Douro, com futuras ligações frutuosas ao enoturismo, essa evolução tarda em produzir resultados mais convincentes em termos de rendimento per capita.