Salvador deixará de arrecadar R$1 bi em eventos até 2018
O planejamento da cidade de Salvador era captar 85 eventos até 2018, injetando cerca de US$ 116 milhões na capital baiana. No entanto um fator afetou drasticamente esta previsão. Uma série de problemas estruturais com o Centro de Convenções da Bahia (CCB), entre eles o desabamento de parte do prédio, em setembro do ano passado, foi responsável por uma mudança neste panorama, que prejudicou inclusive eventos já programados.
Foi o caso do Congresso Internacional de Odontologia, realizado em novembro do ano passado, que recebeu apenas 3 mil pessoas, metade do previsto inicialmente. O evento seria realizado no Centro de Convenções, cujo qual a conclusão da reforma estava prevista para 15 de outubro. No entanto com desabamento de parte da estrutura, em setembro, o encontro foi transferido as pressas para a Arena Fonte Nova.
“O evento foi feito na Arena Fonte Nova, com um custo altíssimo para adaptar. Isso barrou uma série de eventos. Na medida em que tínhamos uma data para abrir o Centro, trabalhávamos com eventos a partir desta data. Com os problemas os eventos foram para outros lugares, como Paraíba ou Ceará. Precisamos fazer um reestudo de nossa previsão”, analisa Paulo Gaudenzi, presidente da Salvador Destination.
De acordo com dados da entidade, a falta do equipamento faz com que a cidade deixe de arrecadar R$200 milhões por ano. “Com estes problemas foram R$600 milhões que deixaram de ingressar na economia de Salvador em três anos. Somado a este ano e ao ano que vem este valor chega a R$1 bilhão em cinco anos” completa Gaudenzi.
A queda na captação de eventos foi registrada pela Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA, na sigla em inglês). A cidade, que em 2011 chegou a ser a terceira do Brasil em eventos internacionais (17), atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, caiu para a modesta oitava posição, de acordo com o ranking da ICCA, divulgado em maio de 2016.