Serra Verde Express comemora 19 anos com novo escritório em Orlando
Para comemorar os 19 anos de concessão da ferrovia Curitiba- Paranaguá (PR) a Serra Verde Express inaugura hoje (03/05) seu escritório em Orlando, na Flórida (EUA). Atualmente a empresa conta com representações em Lisboa, Amsterdam e Bruxelas. De acordo com o presidente da Holding Higi Serv, a que pertence a Serra Verde Express, Adonai Aires de Arruda, a empresa percebe que a Flórida conta com um alto potencial para o Brasil. “Orlando é um destino muito forte em receptivo de brasileiros, mas também de emissivos para o Brasil. A cidade é um paraíso para o mundo todo em termo de viajantes. Os turistas que visitam Orlando já tem um perfil de viagem”, explica.
Em relação às novidades, Arruda enfatizou que a empresa realizou um investimento de R$ 500 mil em nove vagões que pertenciam à Vale. O empresário esclarece que ainda não sabe se a aquisição vai incorporar a frota de Curitiba ou se será usada para atender outras regiões. “Fomos chamados parra participar de alguns projetos no Brasil a fim de estudar o potencial e ampliar o segmento. Com destaque para o Rio Grande do Sul e São Paulo”, disse Arruda, que não especificou mais detalhes.
Arruda ainda enfatizou que nestes 19 anos a Serra Verde foi muito importante para o desenvolvimento turístico da região. “Somos o segundo local com maior afluxo de turistas do estado, atrás apenas de Foz do Iguaçu, que recebe cerca de um milhão de turistas por ano. Enquanto a Serra Verde Express recebe mais de 200 mil pessoas por ano, sendo 22% estrangeiros (mais de 40 mil pessoas) gerando uma renda equivalente a R$ 27 milhões/ano”, frisa. Mesmo com as condições políticas e econômicas adversas, o executivo ainda afirmou que no primeiro semestre deste ano a empresa registrou um crescimento de 3,2% em comparação com 2015.
O executivo ainda apontou as vantagens dos trens frente aos outros produtos turísticos: “Além de ser o maior veículo de massa, o trem é também o maior, podendo transportar o dobro de passageiros de um avião, por exemplo”. O presidente ainda lembrou que em longo prazo o custo-benefício operacional também compensa mais. Apesar de mais cara para ser construída, a ferrovia é capaz de transportar mais carga e passageiros de uma vez do que a rodovia.
Entre as maiores dificuldades do segmento, Adonai Arruda apontou a infraestrutura. “O Brasil, por ser um país continental tem muito potencial para o segmento de trens, que atende à todas as idades e custos. Todos os lugares com algo a ser mostrado podem ser um potencial ponto turístico, mas a infraestrutura do entorno é importante. Os lugares precisam conseguir receber bem o turista, com opções de hospedagem, restaurante, atrativos”, finaliza.