Viagens corporativas devem crescer até 5,4% em 2017
Em 2016, as receitas com viagens corporativas tiveram uma queda de 8,7%, totalizando 78,1 bilhões contra os R$ 85,5 bilhões de 2015. Os dados foram levantados pelo estudo Indicador de Viagens Corporativas (IVC), da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev).
Apesar dos resultados negativos do ano anterior, a expectativa é de crescimento para o ano de 2017. A projeção é que o IVC tenha um incremento de 1,5%, levando em conta um cenário com PIB 0,7% maior. Se o PIB crescer mais que 2,3%, o IVC cresce junto e pode chegar até 5,4%.
De acordo com a pesquisa, a queda em 2016 se deu em especial pela redução na participação das receitas do transporte aéreo. Dos 109,5 milhões de passageiros (nacionais e internacionais), 60% tinham os negócios como principal motivo da viagem.
Porém, para 2017 a expectativa é de crescimento. “As previsões das variações do IVC refletem as políticas monetárias e fiscais implementadas no Brasil para a saída da crise econômica. Entretanto, existe um razoável consenso de que as medidas econômicas estão na direção correta, ainda que haja risco no cenário político”, disse o consultor Mauricio Emboaba Moreira, responsável pelo estudo em parceria com a GfK.
Já as previsões de crescimento do IVC para os anos de 2018 em diante se situam em patamar acima da média mundial.
GASTOS
Em 2017, o principal gasto das viagens corporativas será em passagem aérea (48%), seguido por hospedagem (30%), e alimentação (7%). Por outro lado, o viajante corporativo esta mais disposto e demonstra potencial para o bleisure, 36% dos brasileiros esperam combinar viagens de negócios com o lazer.
RESULTADOS X EXPECTATIVAS
Segundo o estudo, os gastos com viagens corporativas aumentaram 46% nas empresas para buscar novos clientes, porém uma grande parcela das empresas reduziu o investimento optando por viagens mais econômicas. Já para 2017, a estimativa é que a receita aumente 75% nos prestadores de serviços, mas os compradores pretendem reduzir em 32% os gastos com viagens corporativas. E o principal motivo para a economia será a maior utilização de soluções tecnológicas, como reuniões virtuais.