Viajantes ajudam na reconstrução de comunidade no Equador

Em abril de 2016, um terremoto de magnitude 7,8 sacudiu a costa do Equador. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), foi o mais forte tremor no país desde 1979.  Suas consequências foram marcantes: 671 mortos e o decreto de estado de emergência em seis províncias pelo governo equatoriano, segundo dados publicados pelo jornal equatoriano “El Telégrafo”.

Quase um ano depois, muitas comunidades ainda não se recuperaram dessa tragédia. Uma das que ainda luta por um processo de reconstrução é a comunidade de Rambuche, localizada na província de Manabi.

Créditos: Divulgação/Worldpackers

Projeto ecossocial recruta ajuda para comunidade afetada por terremoto no Equador

Ainda que fora do mapa –sem referência no –Google Maps– Rambuche é uma comunidade de cerca de 300 habitantes que luta por seu espaço no mundo.

Hoje, parte das famílias de lá ainda não conseguiu recuperar suas casas, e vive em tendas de plástico. A escola local foi destruída, e a educação também está temporariamente acontecendo em tendas. A população, que é economicamente dependente de sua produção agrícola, continua a encontrar dificuldades, já que o processo de colheita foi afetado pelo desastre natural.

Mas existem pessoas trabalhando para mudar essa realidade. Através da Worldpackers, o Proyecto Regeneración Ecosocial (Projeto de Regeneração Ecossocial, em tradução livre) recruta viajantes que queiram colaborar na reconstrução da comunidade de Rambuche. Por meio da plataforma, os interessados podem utilizar suas habilidades manuais, agrícolas e artísticas para ajudar na construção do projeto e, em troca, receber acomodação, refeições, acesso a um curso de permacultura e um certificado ao final da experiência.

Créditos: Divulgação/Worldpackers

 

O projeto tem o objetivo de colocar em ação um modelo participativo de regeneração que seja compatível com a lógica ecossocial. Ou seja, uma organização socioeconômica baseada na realidade local, que se adapte às características culturais, ambientais e geográficas, e que faça com que os impactos dos desastres naturais e das mudanças climáticas sejam minimizados, e que a economia local seja reativada. “Depois de uma catástrofe temos a oportunidade de voltar a criar nossos povos, mas dessa vez em harmonia com a natureza. Somos parte da gente que regenera e sustenta a vida, nosso caminho é cuidar da vida”, diz Piedad Viteri, anfitriã do projeto na Worldpackers e líder do Programa Ecopoblaciones Equador.

Créditos: Divulgação/Worldpackers

 

Na prática, será construído um Centro de Permacultura, que irá educar a comunidade local sobre construção sustentável, produção orgânica e organização comunitária. Os habitantes de Rambuche irão ter, aos poucos, um novo modelo de sobrevivência, que ultrapassa a barreira da reconstrução do que foi destruído pelo terremoto para atingir um modelo que permaneça ativo independentemente dos desafios. Como uma organização agrícola, vão entender como viver em harmonia com a terra, como produzir o próprio alimento e como serem autossustentáveis.

Para participar, basta fazer um perfil na Worldpackers e se aplicar para as vagas disponibilizadas pelo Centro de Permacultura Rambuche. Todas as informações podem ser encontradas na descrição do perfil, incluindo requisitos, recompensas e tempo de estadia.

Créditos: Divulgação/Worldpackers